tag:blogger.com,1999:blog-2287935512605111282024-03-12T22:35:02.960-07:00Casa dos ReisPensamentos e idéias para mentes inquietas.Casa dos Reishttp://www.blogger.com/profile/05188921984441670235noreply@blogger.comBlogger81125tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-20024772378713130722013-02-27T16:44:00.002-08:002013-02-27T16:45:46.272-08:00A eficácia além do mito<br />
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://c481901.r1.cf2.rackcdn.com/wp-content/uploads/2013/01/victory.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="http://c481901.r1.cf2.rackcdn.com/wp-content/uploads/2013/01/victory.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que seria a eficácia plena? Esta pergunta feita desta maneira deixa espaço para inúmeras interpretações. Plenitude está mais para uma sensação, que para um conceito em si. Para delimitar o espaço para abstrações, que se comece pelo simples: que a eficácia em si seja entendida como o simples alcance de um objetivo por hora. O esforço, os recursos empregados, o preço, todos estes ficam à parte. Ficarão ligados aqui apenas ao conceito de eficiênca. Porém, há um limite em que se pode separar na prática o eficiente do eficaz. Não há muito o que argumentar contra a idéia de que nada pode ser um objetivo válido a qualquer preço. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A flexibilidade da palavra "plenitude" pode ser bastante útil quando se quer definir um resultado cuja eficácia seja extraordinária. O que poderia ir além de se atingir um objetivo? Quem sabe produzir um resultado desejado com um esforço mínimo não seria a primeira linha de raciocínio? A maneira mais eficiente de se fazer algo seria, então, a escolha mais apropriada entre as possibilidades de produzir um efeito. O revés desso é que há uma enorme precariedade em se definir um conceito de uma maneira tão relativa assim. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Existe uma ação que se pode tomar no momento presente que não produz efeitos diretamente ligados a um resultado desejado. Seria um tipo de movimento que modifica as condições da situação ou ambiente em questão de maneira sutil, criando uma propensão para que o próprio processo natural crie o efeito desejado por si mesmo. Isso sim pode receber o nome de "ação de eficácia plena". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os requisitos necessários para que uma ação seja classificada desta maneira seriam:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<ol style="orphans: 2; widows: 2;">
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A alteração do ambiente ao invés do objeto;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O efeito realizado a montante, isto é, produzir resultado apenas no futuro;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A não possibilidade de se fazer a conexão do autor ao efeito.</span></li>
</ol>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_gvBkhOpn-aGWVHJjE1g40sqXJIym1w01-zIzZ5KkpQ-TK1GuV-dpzTVlqswf48twXGcUzS7sZvGgKPdoILtvYbR4xiISHbJI_a1plwUx7nUifwzbk0zTrYBCImiEng3F5cG-iM6L3lg/s1600/Sun-Tzu.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_gvBkhOpn-aGWVHJjE1g40sqXJIym1w01-zIzZ5KkpQ-TK1GuV-dpzTVlqswf48twXGcUzS7sZvGgKPdoILtvYbR4xiISHbJI_a1plwUx7nUifwzbk0zTrYBCImiEng3F5cG-iM6L3lg/s200/Sun-Tzu.jpg" width="185" /></span></a></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O general Sun Tzu em seu tratado sobre estratégia divulgado no ocidente pelo nome de "A Arte da Guerra" menciona a máxima de que "o mérito grande não se anuncia". O nome original do tratado é "os treze momentos do mestre Sun". O livro foi concebido como um manual prático para quem fosse exercer a função de general. Os "momentos" na realidade são como capítulos. Esta máxima em si está posicionada no quarto momento, mas nunca foi escrita pelo autor diretamente. Ela é apenas uma conclusão simples escrita em várias versões traduzidas da obra para tornar mais clara a comunicação do conceito. Este capítulo diz respeito ao "plano tático" e a explicação feita através de ilustrações conceitua especificamente este tipo de eficácia aqui sendo chamada de plena. </span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O mestre ilustra situações em que pessoas normalmente são reconhecidas pelo esforço, pela coragem e outros atributos gloriosos. Ele explica que o general que possui verdadeiro mérito, ou seja, aquele cujas ações são verdadeiramente eficazes certifica-se antecipadamente de que não há possibilidades de ser derrotado antes de ir para a batalha, prepara-se em todos os níveis, conhece todos os pontos fracos do inimigo. A conclusão que ele chega é de que este general será sempre percebido como alguém que somente trava batalhas fáceis, que não dependem de nenhum desses atributos reconhecíveis. Sun Tzu afirma que poucos são os que conseguem perceber a verdadeira competência deste militar, pois "seu mérito não se anuncia". </span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://image.shutterstock.com/display_pic_with_logo/339304/339304,1258234172,1/stock-photo-old-monk-shaolin-40985062.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="158" src="http://image.shutterstock.com/display_pic_with_logo/339304/339304,1258234172,1/stock-photo-old-monk-shaolin-40985062.jpg" width="200" /></span></a></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A guerra serve como uma boa ilustração para explicar a eficácia plena, porém há outras formas de fazê-lo. Segundo esta lógica, a pessoa mais importante de uma fotografia é aquela que não aparece na imagem, pois está segurando a câmera. Muita gente certamente vai começar a pensar nisso quando for pedir ao garçon para tirar a foto da turma na comemoração com os amigos. Parece que as gorjetas vão aumetar... A esta alura já deve ter quem esteja argumentando que es câmeras de hoje possuem "timer". A réplica é: isso não muda nada além do fato de que o fotógrafo arranjou um jeito de aparecer, mas ninguém além dos que estavam presentes sabe quem ele é ainda. </span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images3.wikia.nocookie.net/__cb20111029122838/mk/images/1/1f/Shaolin-monk-by-acerb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="200" src="http://images3.wikia.nocookie.net/__cb20111029122838/mk/images/1/1f/Shaolin-monk-by-acerb.jpg" width="141" /></span></a></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os monges chineses têm por finalidade maior desenvolverem-se no processo de raciocínio de se agir em prol desta maneira de ser eficaz. Eles são reconhecidos por praticarem e criarem artes marciais. Um monge lutando pode parecer incoerente a princípio, mas elas entram na mistura tanto pelo objetivo de desenvolver eficácia plena, quanto como maneira de estudar os conflitos humanos pelo ponto de vista da forma mais primitiva de comunicação: o combate físico. A prática dos monges no que diz respeito à eficácia nada mais é do que "pensamento estratégico". Escolhe-se um ação que produzirá um efeito que seja meio, não finalidade. A capacidade de se escolher este objetivo "tático" com eficácia é a definição desta maneira de pensar estrategicamente. </span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lendo isto até aqui é bem provável que se fique com a sensação de que não há por que não buscar se desenvolver nesta competência. Parecem não haver revezes. Em termos de produzir resultados sem dúvidas não há o que se discutir, mas em um mundo em que o valor percebido é a medida da recompensa, é preciso se tomar muito cuidado. Sem dúvidas não há que se falar em abrir mão desta conduta, mas não se pode ignorar a necessidade de se criar uma imagem conveniente. Uma opinião a colocar é de que o valor desta deveria transmitir sempre um estatus abaixo do limite da própria capacidade. Isto pode parecer estranho, pois é menos lucrativo que seu potencial. Porém, não passa de fazer ser percebido como um artista, ou solucionador de problemas que tem muita sorte. Na realidade, a pessoa cuidou de tudo, planejou, praticou, aprendeu e, na hora, tudo aconteceu para os espectadores como um passe de mágica! </span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então...</span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que não simplesmente "vender" exatamente o que se fez? </span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eis o "pulo do gato"! Porque para o "gênio" estratégico não há esforço considerável, apenas efeito. Explicar significa literalmente apenas demonstrar como as coisas aconteceram sozinhas. Se o autor nada fez, pelo que ele deveria ser recompensado? Internamente é possível saber que sem ele "a fotografia não teria acontecido", mas esta útima pergunta é o que 99% das pessoas faria. Isso significa que não faz sentido algum desejar glória por uma eficácia plena. </span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-81269925140517753592013-02-26T15:21:00.000-08:002013-02-26T15:21:10.014-08:00O Espetacular de Neil Pasricha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1000awesomethings.files.wordpress.com/2009/06/bookofawesome3d.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1000awesomethings.files.wordpress.com/2009/06/bookofawesome3d.jpg" width="138" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Neil Parisha é conta um pouco de sua história neste vídeo. Seus pais são imigrantes da índia que se estabeleceram nos EUA enquanto ele era criança. Ele resumidamente conta que teve uma trajetória das mais comuns. Completou o ensino fundamental, fez faculdade, casou-se, arranjou um emprego. Ele fala sobre sobre uma viagem que fez com seus amigos e do quanto esta foi marcante. Conclui sobre o quanto sua história seria comum e ordináriamente feliz. Então, ele começa a falar sobre uma virada que sua vida deu e de como isto o levou a um tipo de epifania, resultando na criação de um blog que se tornou um sucesso.</span></div>
<div>
<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">No ano de 2008 seu casamento entrou em crise e um dos seus amigos cometeu suicídio. Ele conta que ficou com muito dificuldade de se sentir bem nesa época, por isso decidiu que de alguma forma precisava exercitar buscar o lado alegre das coisas simples da vida cotidiana. Assim nesceu o blog "1000 coisas espetaculares" (<a href="http://1000awesomethings.com/">1000awesomethings.com</a>). Ele brinca ao mencionar isso, dizendo que no início ninguém lia o que ele postava, mas que com o tempo o tráfego foi aumentando, aumentanto, até atingir dezenas, centenas, milhares, milhões de pessoas. Um dia ele recebeu um telefonema informando que havia recebido um prêmio de melhor blog do ano. Depois disso, agentes lhe contataram para transformar seu conteúdo em livro. O "Livro do Espetacular" (The Book of Awesome) foi bestseller durante muitos meses. </span></div>
</div>
<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Neil não conta uma simples história de sucesso. Ele fala sobre a experiência de viver o processo de definir o significado deste constantemente. Os três "A's" do extraordinário a que ele se refere são Atitude, Auto-consciência e Autenticidade. Conflitando essa visão de mundo com as informações que o<span style="font-size: 13px; line-height: 18px;"> </span><span style="line-height: 18px;">psicólogo Kevin Dutton escreveu em seu <a href="http://bit.ly/YRVcvX" rel="nofollow" target="_blank"><span style="color: #351c75;"><b>livro</b></span></a> </span><span style="line-height: 18px;">“A sabedoria dos psicopatas: o que santos, espiões e serial killers tem a ensinar sobre sucesso”, pode-se chegar a um questionamento curioso sobre o que significa viver em um mundo onde </span><span style="line-height: 18px;">a carreira com mais psicopatas é a de CEO, seguida pela de advocacia e pela de comunicação social (apresentadores de rádio e TV especificamente). </span></span></div>
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</div>
<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" mozallowfullscreen="" scrolling="no" src="http://embed.ted.com/talks/lang/pt-br/neil_pasricha_the_3_a_s_of_awesome.html" webkitallowfullscreen="" width="560"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-4423864565458003982013-02-25T16:51:00.001-08:002013-02-25T16:59:49.626-08:00Faça as perguntas certas e dirija seu foco.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://us.123rf.com/400wm/400/400/stocking/stocking1207/stocking120700093/14317669-concentrated-businessman-trying-to-focus-his-mind.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="http://us.123rf.com/400wm/400/400/stocking/stocking1207/stocking120700093/14317669-concentrated-businessman-trying-to-focus-his-mind.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Existe todo um estudo na área de psicologia sobre o efeito das perguntas sobre a própria mente. A chamada <i>Teoria do Foco Regulatório</i> diz respeito à percepção das pessoas sobre a realidade e o processo de tomada de decisão. O doutor por trás desta linha de pesquisa chama-se Edward Tory Higgins, professor de Psicologia e de Administração na Universidade de Columbia em Nova Iorque. Apesar de haver bastante conteúdo, não é preciso muito esforço para fazer uso dos conceitos por trás desta. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Perguntas feitas com "O quê" e "Como" criam propensão de ação. As iniciadas com "Por que" e "para que" conectam a intenção à decisão. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
O que será que isso quer dizer? Como isso pode fazer alguma diferença? </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
A hipótese testada em pesquisa científica é de que a pergunta que uma pessoa faz a si mesma dirige a própria mente de maneira inconsciente a iniciar um processo de respondê-la. Mesmo que a sensação seguinte ao ato de se auto-questionar seja a de um vazio de pensamentos, o processo mental estará instaurado. As idéias começam a "aparecer" para a pessoa como que sem querer momentos depois. Isso no fundo seria um efeito da parte inconsciente do cérebro estar trabalhando independentemente da vontade consciente, estando apenas estimulada pela pergunta. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
As próprias perguntas feitas logo acima, segundo a teoria, foram colocadas para criar propensão em quem lê a pensar harmonicamente com a proposta desta parte do texto. O termo "propensão de ação" tende a parecer ter um significado abstrato da forma que foi proposto. A pergunta "o quê", feita pelo leitor a si mesmo no ato de lê-la em si, tem intuito de direcionar o próprio seu processo mental a buscar possibilidades de significado. Isso tende a tornar as palavras escritas menos importantes que a própria criatividade e imaginação do receptor da comunicação. Não caberia fazer isto para um artigo científico, claro! Porém, pode servir para tornar a leitura em algo mais que uma mera informação sobre um tema, se possível em uma experiência significativa em si. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="http://josefwigren.com/wp-content/uploads/2012/10/focused-mind-energy.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="193" src="http://josefwigren.com/wp-content/uploads/2012/10/focused-mind-energy.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Perguntas servem para dirigir o foco de todo o pensamento. A forma que se pensa cria o estado psicológico que se experimenta. Este, por sua vez, filtra a própria percepção dos eventos na realidade. Se o estado é triste, entediado e dolorido, um copo pela metade estará meio vazio. Se, pelo contrário, o estado é alegre, estimulado e empolgado, um copo cheio pela metade é uma oportunidade para desde de se matar a sêde, até de se fazer poesia! Uma pessoa que se sente entristecida tem um excelente porquê para prestar atenção às perguntas que faz a si mesma e tentar direcionar seu foco. Por outro lado, quando ela determina que quer direcionar o foco para atingir determinado estado, ela tem uma finalidade "para que" está direcionada. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Quantas vezes não se escuta por aí as pessoas se questionando: "por que isso sempre acontece comigo?"; "por que eu não consigo executar esta tarefa com disciplina?"; "Por que não consigo emagrecer?". Se a pessoa faz uma pergunta à própria mente, ela vai receber uma resposta. Esta é a essência da teoria e, para quem já está pensando em fazer a experiência, da prática também. As respostas para estas perguntas exemplificadas seriam as piores, mas não seriam o problema em si. As próprias perguntas é que provocam os resultados ruins. São extremamente enfraqecedoras. Ao invés de se perguntar "por que não consegue fazer uma tarefa", a pessoa tem a opção de se questionar sobre "como realizá-la". As demais perguntas poderiam ser "como posso evitar que aconteça novamente este resultado ou evento ruim?", ou "como faço para reverter as consequências ou lidar com elas da melhor forma?", "O que posso aprender com esta situação?" etc.</div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://samuelkwokipmanwingchunmedan.weebly.com/uploads/1/0/5/7/10572657/8380338.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://samuelkwokipmanwingchunmedan.weebly.com/uploads/1/0/5/7/10572657/8380338.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Por outro lado, não há nada de errado intrinsecamente em perguntar por quê? O problema é escolher a conveniência e a oportunidade em que se deve fazer este tipo de pergunta. "Por e "Para" podem parecer a mesma coisa, mas carregam "energias" bastante distintas. O "porquê" determina que a pessoa implicada não tem poder para escolher. Ela está sendo levada, empurrada, à ação por algo externo que a impele. O "Para", por sua vez, conduz à finalidade, ou seja, a pessoa é "seduzida", puxada, pelo próprio interesse. Dito isso, muitos podem estar começando a desejar abolir o "Por" de seus "quês", mas seria uma injustiça sem um justo "porquê"! O "Por" é fortalecedor para encontrar problemas, descobrir falhas, compreender processos e criar a inovação. Sua função é "criar a dúvida", questionar o <i>status quo,</i> quebrar, cindir as certezas. É a pergunta dos filósofos e dos artistas. Ele cria espaço para o aperfeiçoamento, evolução. Ele estimula a cosnciência daquilo que motiva alguém, porém ao fazê-lo esta pessoa estará duvidando dos próprios motivos. Por isso, é um erro questionar-se desta forma no momento próprio para se "colocar a mão na massa".</div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
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<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
As coisas mais interessantes a se realizar na vida dependem de estratégia. Realizar tarefas simples não dependem de uma destas, pois são apenas uma ação conduzindo a um resultado desejado. Quando se tem um a missão complexa a realizar, é necessário escolher e priorizar diversos objetivos de forma organizada. Isso é o que significa fazer estratégia. A pergunta que permite a decisão nesse nível é justamente o "Para quê", ou seja, "que finalidade este objetivo estará cumprindo em função da missão como um todo." </div>
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<br /></div>
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<a href="http://characterfitnessblog.com/Portals/135263/images/mind-body-spirit-balance.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="305" src="http://characterfitnessblog.com/Portals/135263/images/mind-body-spirit-balance.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
"<i>Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto de crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social, saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso</i>." (Ralph Waldo Emerson) </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
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</div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-32853822068878635972013-02-22T13:08:00.000-08:002013-02-22T13:24:36.026-08:00Conecte-se e torne-se quem você é.<br />
<div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0sg2JuZvRL7OE9x4uvMTNnPLpN2J3u4qpnGyVCjI6O9T9LjTO1vjkVT9cWTrMTPsXBxW_5isyXapIb6iAp66vsCDqUi7Dj_Ynk8Lc0whdlPWGuWSx_M_R7C0IifHVFjPIODY-ozsi8C8K/s1600/hands-touching.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0sg2JuZvRL7OE9x4uvMTNnPLpN2J3u4qpnGyVCjI6O9T9LjTO1vjkVT9cWTrMTPsXBxW_5isyXapIb6iAp66vsCDqUi7Dj_Ynk8Lc0whdlPWGuWSx_M_R7C0IifHVFjPIODY-ozsi8C8K/s200/hands-touching.jpg" width="200" /></a></div>
Há um limite claro entre aquilo que é você e o que não é. Pode parecer um daqueles pensamentos profundos e transcedentais, mas não há nada demais nesta constatação. Oficialmente, você é apenas aquilo que vai do centro do seu corpo à extremidade da sua pele. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Você tem acesso relativamente consciente à todas as pertes que estão no seu denominado corpo. Algumas delas você consegue perceber e controlar. Outras, você controla, mas não percebe. Ainda há aquelas que você nem controla, nem percebe. Só por acompanhar este raciocínio, só por imaginar, você já está executando um processo de metacognição. Você está pensando sobre si mesmo e sobre seu próprio pensamento. Essa capacidade é dita como sendo exclusiva do ser humano. O efeito em usá-la resulta na consciência que você tem de ser você mesmo. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Nós somos seres complexos. Vamos muito além da mera sensação de se morar sob a pele de um primata humanóide. Temos essa coisa complicada que chamamos "personalidade", munida de milhares de características, traços, idiossincrasias... Essa consciência do que é você e do que não é muito mais complicada que a fronteira demarcada pela sua pele. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Imgine-se no meio de uma multidão, só que invisível, inaudível, intocável, ou seja, totalmente imperceptível. Como seria a sua experiência? Você ainda toca o solo com os seus pés. Sente o vento. Ouve os sons dos elementos. Porém, não pode ouvir as pessoas . Pode apenas vê-las. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
No início, você vai se sentir em um joguo de videogame, curtindo uma realidade virtual e quem sabe até um voyeurismo. Peço para que extenda o tempo para um prazo indefinido: dias e noites consistentemente convivendo, mas sem existir para os outros seres humanos. Você consegue imaginar como seria? </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheZOxb7ih2uLbd5aI9W8RQlZNH4hBcay3WnJjnjQDxiPrIeTRmw7M6JJx_8kCAD5LgG7jCu2hlv6ey6rXbvjVbDmq_LrKshuuz5z4QZTRgkVIpuCVLTBxgCqI8Ox3gfGo8iFJI9IN4Lryi/s1600/img_5462_138175635.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheZOxb7ih2uLbd5aI9W8RQlZNH4hBcay3WnJjnjQDxiPrIeTRmw7M6JJx_8kCAD5LgG7jCu2hlv6ey6rXbvjVbDmq_LrKshuuz5z4QZTRgkVIpuCVLTBxgCqI8Ox3gfGo8iFJI9IN4Lryi/s320/img_5462_138175635.jpg" width="320" /></a></div>
Essa sim é uma pergunta difícil. A primeira idéia é adicionar a informação de que a não responsividade das pessoas a você te habituariam a se comportar de determinada forma. Enquanto estivesse no videogame, ainda estaria preso à realidade normal, não a este mundo caótico, sobrenatural, criado para te entreter e intrigar. Depois de alguns dias, quando a novidade passasse, alguma coisa iria te incomodar. Você não saberia o que é, mas seria patente. Sua atenção à cada passo, gesto, palavra de cada pessoa iria se intensificar. Sua mente iria começar se fazer a pergunta de "como dizer a eles que eu estou aqui?". Provavelmente você começaria a orgnizar os objetos e deixar pistas para que eles pudessem concluir que há alguém que não pode ser percebido tentando se comunicar. Você começaria a ficar angustiado, irritado e teria crises de asiedade por algum tempo. Depois estas crises passariam e você então começaria a se divertir imitando cada pessoa. Faria isso por muito tempo. Aprenderia a imitar cada vez melhor, modelando-as. Comporia um acervo em sua mente de todo o tipo de mania, gesto, movimento, idiossincrasia que pudesse reproduzir. A esta altura você deve estar se perguntando por que faria isso. A resposta é simples: seria a forma mais eficaz que encontraria de obter a sensação de que está se comunicando. Você estaria apenas tentando ver o mundo pelos olhos das pessoa que não te percebem, tentando agir como elas, ver como elas, compreender como se sentem e o que expeimentam. Com o efeito do tempo indeterminado, você perderia a sua consiência de si mesmo. Você não teria mais as suas manias, seus movimentos, suas idiossincrasias. Você não lembraria mais seu nome ou a sua história. Você não se reconheceria mais como um daqueles indivíduos. Por fim, sem referências, você também deixaria de ser capaz de se perceber.</div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Precisamos do outro para sermos quem somos. Precisamos nos conectar para que possamos nos ver. Aparentemente conexão contrasta com significância, mas uma depende da outra. O que a pessoa invisível desse mundo de pesadelo descrito a pouco realiza é uma ilustração de como provavelmente a nossa mente reagiria á uma anulação completa de sua significância perante os outros seres humanos. Estaríamos motivados por buscar conexão. Nossa finalidade com esta seria nos encontrar no olhos dos outros. Isso resultaria em não haver mais diferença entre o que se é e o que se não é. Não teríamos uma identidade. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX5-co2fTnGB3YcRq_ttEP3-SXePLIeDziVeQQYZ7dDx4mOZcOE1FyjBjmTI2ZZdfo_IhJui9pXZ-RII8LdxF1fJTaEpVsu9NZcu0OvPSZkz5aqoce5w9gbXigGgLz1B0FlAXJuAZO5GLH/s1600/eyes-beauty-rajinder-aggarwal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX5-co2fTnGB3YcRq_ttEP3-SXePLIeDziVeQQYZ7dDx4mOZcOE1FyjBjmTI2ZZdfo_IhJui9pXZ-RII8LdxF1fJTaEpVsu9NZcu0OvPSZkz5aqoce5w9gbXigGgLz1B0FlAXJuAZO5GLH/s200/eyes-beauty-rajinder-aggarwal.jpg" width="200" /></a></div>
Nós nos conectamos quando podemos ver e ser vistos. Não precisamos de palavras para nos comunicar. Nossos códigos servem para nos colocar em contato com a realidade de que as outras pessoas estão conscientes em determinado momento. Por realidade, entenda-se apenas aquilo que se percebe. Se eu te vejo, estou consciente. Se você me vê, eu existo. Se nós nos percebemos mutuamente, estamos conectados. </div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
O toque é o exemplo mais vívido do que se sucede. Com ele, você e o outro têm a noção de suas fronteiras de identidade, ao mesmo tempo que formam uma unidade que coopera. Em uma simples experiência imediata, pode-se experimentar a plenitude. Basta entregar-se à experiência simples da percepção. Nós costumamos banalizar o contato, as interações e comunicações que temos com as outras pessoas. Isso é perfeitamente natural como maneira de não nos perdermos em emoções, experimentando um afogando em mar revolto. Porém, muitos de nós acabam por se acostumar a fechar a porta da conexão, guardando oportunidade apenas para aquela que não pode ser evitada. Faz-se isso por medo de parecer emotivo ou medo de perder o controle. Conectar-se é uma habilidade. Depende de competência. Quem não a pratica, não se aperfeiçoa, acaba por ser menos capaz de saber com segurança quem é de verdade. </div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-56548984535216663982013-02-21T05:25:00.000-08:002013-02-21T05:25:11.237-08:00A genialidade dentro de cada um<br />
<div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
O que leva alguém a se dedicar tão apaixonadamente por uma atividade a ponto de se tornar um gênio, um virtuose?</div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
O talento é algo a ser dismistificado. A visão de que se nasce predisposto a ser competente em alguma coisa é um mito. Há que se dizer que fatores físicos como a altura para quem joga basquete ou voleibol, a beleza para quem é modelo, o tipo de voz para quem canta, todos contribuem muito para efeitos específicos. Porém, será que características como essas são parte do que se entende por talento ou seriam apenas condições favoráveis? É possível se chegar ao auge de uma habilidade sem praticar, ou seja, somente devido a algum determinismo genético?</div>
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<br /></div>
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O desenvovimemto de uma competência depende de esforço. Desenvolver-se ao nível virtuose depende de muito esforço mesmo! Muitas vezes se confunde esforçar-se com sofrer, sendo esta é a raiz da mediocridade. Seria absolutamente incoerente se crer que exista genialidade sem paixão ou arte sem emoção. O componente mais importante que poderia compor um conceito efetivo de talento seria a capacidade de se entreter, de interessar, de se apaixonar pela atividade que se pratica. Assim, seria possível cada vez mais estar se divertindo enquanto se intensifica o autodesafio e se dedica às horas de trabalho necessárias à excelência. </div>
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<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Quem observa um praticante dedicado a caminho da maestria verifica apenas uma pessoa se esforçando. Muitas vezes, de fora, a percepção que se tem é de que a pessoa que está ali está apenas usando força de vontade. Porém, ao se parar para pensar, as pessoas praticam seus esportes nos fins de semana, em que correm, suam, esforçam-se e se divertem. Muitas vezes elas acordam cedo, por exemplo para praticar surfe ou jogar futebol com os amigos. Por acaso elas estão tendo de usar força de vontade do início ao fim, crendo que estão se obrigando a fazer algo que "não" lhes dá prazer ou recompensa? Será que sequer há se falar em força de vontade nestes casos? Para se começar a compreender a capacidade de se esforçar rumo à genialidade, basta dar início a perceber-se quando se está nesses momentos de lazer. Então, metade do caminho estará concluída. A outra se encontra no conceito de clareza de propósito. Enquanto o lazer encontra um fim em si mesmo, a excelência o direciona para um objetivo. Organizar objetivos em função de um resultado global é definição genérica de estratégia. Um gênio com uma estratégia geralmente é bem reconhecido como referência de sucesso.</div>
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<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
A esta altura pode-se estar questionando se a força de vontade não seria relevante e se quem se torna gênio não encontra sofrimento em seu amadurecimento. A resposta é negativa para ambas as questões. O diferencial da genialidade está em como o futuro gênio encara seus momentos de estar sofrendo e para que fim ele dirige sua força de vontade. Ele vê a dor que sente como algo a resolver e procura tornar-se mais eficiente em seu método, visando eliminá-la. O resultado sempre acaba sendo uma autosuperação, pois ele acaba por aprender a gostar mais ainda do que faz consistentemente. A força de vontade é absolutamente necessária, pois ele depende dela para não desistir enquanto não tiver aprendido a como não sofrer. </div>
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<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
Seguindo esta lógica, é fácil se inferir que qualquer um poderia se tornar um virtuose em qualquer atividade. Não se pode contrariar esta idéia após os termos dados. Entretanto, nem tudo que é possível necessariamente possui mérito relevante. Os seres humanos escolhem suas atividades por conveniência e oportunidade. Tanto o interese direto quanto a facilidade de condições para obter sucesso direcionam a escolha da atividade que se opta por desempenhar. Fora isto, há a pressão social, que nega este interesse legítimo. Quantas crianças e jovens escolhem esportes, carreiras e atividades apenas para atender a expectativas de seus pais? Quantos não se envolvem em atividades apenas para se adequar a grupos sociais? Estas razões afastam os indivíduos de seus verdadeiros interesses e paixões. Portanto, possuir uma capacidade de compreender os próprios motivos para tomar decisões é fundamental ao inventário de um gênio, sem a qual não se possui senso de certeza e se acaba por desistir na primeira crise de identidade: "Será que é isso que quero ser?"</div>
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<br /></div>
<div style="font-family: Tahoma; text-align: justify;">
A figura o gênio é ao mesmo tempo super-valorizada e sub-valorizada. Expectadores vêm figuras que ostentam resultados de suas estratégias e concluem que aquelas são as personificações da genialidade. Experimentam alegria e paixão por idéias, atividades e sonhos, mas os deixam de lado por medo de fracassar. O sucesso é apenas o conjunto de efeitos de uma estratégia desempenhada com eficácia. A genialidade ajuda, mas não é seu sinônimo. Não é necessário genialidade para se ter eficácia, basta apenas se alcançar determinadas metas para isso. Por que não se praticar a própria genialidade sem pensar em sucesso? Depois que se é virtuose, digno de se expressar no estado da arte em cada realização, têm-se um motivo legítimo para se pensar em estratégia. Obter eficácia é possível para qualquer um, mas o sucesso que o gênio encontra é só para quem encontrou seu verdadeiro caminho.</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-85297497654724454312013-02-15T11:56:00.000-08:002013-02-15T11:56:28.672-08:00O segredo da atitude positiva<br />
<div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Reatividade é uma coisa chata! Uma pessoa "reativa" pode ser tão influnte quanto uma tão aclamada "proativa". Conviver com pessoas que se comportam de maneira reativa pode ser tanto irritante para quem identifica esse traço, quanto um problema sério para quem não faz a distinção. </span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Quem "apenas" reage não percebe, somente sente. Desrespeita sem perceber. Age sem autenticidade. Não faz escolhas. Não se dá conta sequer do efeito de seu próprio comportamento na realidade, que dirá dos desdobramentos. Pessoas se comportando assim são na maioria das vezes extremamente educadas. Suas condutas seguem um padrão socialmente irrepreensível, sendo aí onde fica a raiz do problema. Agir conforme o que se está habituado significa dizer que se está agindo sem pensar, sem prestar atenção. Não há problema algum em fazer algo sem pensar, mas há sim em fazer a mesma coisa sem querer. </span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Quem não reconhece em si ou em vários dos que convive discursos recheados de máximas como "eu sou assim", "não posso fazer nada", "fulano me deixa louco", "isso jamais será aceito", "tenho de fazer isso", "não posso", "Eu preciso.", "Ah, se eu pudesse..."? Tudo isso está ligado a uma necessidade de afirmar certeza sobre uma identidade que a própria pessoa não escolheu livremente. Esse mundo moderno provoca esse tipo de coisa. Todas as observações críticas sobre mudanças descontínuas, competitividade, excesso de informações, convergência, tudo se aplica como fatores que geram pressão sobre o indivíduo. Por outro lado, não é novidade esta própria pressão em si. Basta procurar estórias interessantes como "O Espremedor de Colhões" de Charles Bukowsky, músicas como "Ouro-de-tolo" de Raul Seixas com Paulo Coelho, que se pode fazer idéia do quanto esse efeito é bem antigo.</span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Uma sociedade precisa de uma estrutura. Esta consiste de pessoas desempenhando tarefas. Em uma pequena tribo, caso ninguém caçe, pesque, plante ou colete, todos morrem de fome. Em clãs, aldeias, cidades, metrópoles e nações, as teias são mais complexas e as necessidades vão bem além da simples alimentação e similares básicos. Ainda assim é preciso existir uma "força" que crie propensão de que cada indivíduo escolha um papel a desempenhar dentro da estrutura social. Se não houvesse nada nesse sentido, não haveria coesão social. Não haveria civilizações. Os humanos viveriam como tigres, se encontrando apenas na hora de procriar. Um tigre tem garras, presas, muita força e agilidade, faro aguçado e um sistema imunológico mauito mais potente que o de um humano. Sem competências para se comunicar razoávelmente bem e se estruturar em sociedade, o homem estaria extinto há muito tempo. Provavelmente comido por tigres e afins. </span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">A separação em "rótulos", reativo ou proativo, serve para simplificar o entendimento de um tipo de hábito que uma pessoa possui em relação à forma de responder aos estímulos que recebe no dia-a-dia. Ninguém pode ser classificado como totalmente proativo ou totalmente reativo. Além disso, como já se pode deduzir, há hábitos tanto bons quanto ruins. Aquele que se refere à "<b>reatividade</b>" diz respeito apenas a se estar viciado em executar uma rotina sem ter escolhido realizá-la. A proatividade, por outro lado, de forma alguma pretende negar um hábito, mas sim escolher conscientemente o motivo pelo qual se está o executando. </span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">O hábito é uma forma que a evolução encontrou de tornar o cérebro mais eficiente. O mecanismo mais lento e que mais consome energia cerebral se dá no neocórtex. Esta parte localizada sob a testa é onde simbolicamente se segura com as mãos as idéias e experiências. É onde é feito o raciocínio e onde são tomadas as decisões. Naturalmente, é a evolução mais recente do cérebro. Se tudo o que uma pessoa faz tivesse de passar por ali, não seria possível sequer mover um dedo sem ter de parar de respirar no processo. Tudo aquilo que se faz repetidamente acaba por ser armazenado em uma parte específica, no córtex interior, que cuida de processos de maneira independente. O que é hábito não precisa "ser pensado" novamete. Quem aprendeu a dirigir compreende muito bem isso. Funciona como um "piloto-automático". Não é necessário se concentrar em cada ação, elas simplesmente fluem naturalmente.</span></div>
<div style="font-size: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 16px;">A cultura chinesa é muito focada neste tipo de prática. Eles consideram o efeito de se praticar este exercício uma espécie de competência, que vai bem além do mero termo "proativo". O que os chineses denominam</span> <span style="font-size: 19px;"><b>功夫</b> <span style="font-size: 16px;">não possui uma tradução oficial. O ideograma </span></span><b style="font-size: 19px;">功 </b><span style="font-size: 16px;">representa a ação consistente de medir o próprio esforço, enquanto que </span><b style="font-size: 19px;">夫</b> <span style="font-size: 16px;">representa o homem amadurecido por este processo. Expressões como "excelência humana" ou "desenvolvimento humano" são informalmente utilizados para expressar tal conceito. Ora, se praticar algo com consistência torna a respectiva atividade um hábito, o próprio ato de se "<b>fazer a escolha</b>" sobre <b>o que se habituar</b> e <b>quando utilizar</b> o processo programado pode ser considerado um hábito em si. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">A atitude por trás desta prática assume apenas dois conceitos, o de assumir responsabilidade e o de procurar pelo que ser grato. Apesar de simples, é literalmente impossível ser plenamente efetivo nestes resultados. Pode-se ser eficaz, mas no instante seguinte uma nova situação pode transformar um sábio em um tolo. A postura de aprendiz que os pensadores orientais tanto comunicam em suas obras é respectiva a isto.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 16px;">Uma pessoa com sua proatividade desenvolvida, com seu </span><span style="font-size: 19px;"><b>功夫</b> <span style="font-size: 16px;">trabalhado o suficiente, é</span></span><span style="font-size: 16px;"> segura de si. Sendo assim, ela não tece opiniões sobre si mesma, apenas é. Jamais usa em seu discurso a expressão "<b>eu sou assim</b>", mas no llugar desta usa "<b>eu escolho e valorizo agir desta maneira, nesta situação</b>". Ela não diz que pode ou não pode, precisa ou não precisa fazer determinada coisa. Ela diz que escolhe ou prefere uma coisa a outra. Ela não está presa em uma ilusão determinística condicionada por medo e vergonha. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Esta idéia de atitude livre e plena não existe naturalmente, nem se perpetua sem esforço deliberado constante. Porém, é uma meta estratégica, ou objetivo último, que jamais deveria sair dos planos de qualquer um. Entre um estímulo e uma resposta há uma oportunidade de escolha. Ser reativo diz respeito apenas a não aproveitá-la. Nossa estruura social ainda depende muito de transformar pessoas em "massas-de-manobra". Porém, esse velho costume não passa de uma forma de fazer com que as pessoas sejam menos motivadas e consequentemente menos produtivas do que poderiam ser, embora facilite o controle nas relações de poder. Este acaba sendo também uma forma de fazer com que elas sejam menos afortunadas e felizes, pois se habituam a se conformar com menos do que poderiam ser e a entregar menos que o quanto poderiam contribuir. Assumir uma atitude positiva não é nenhum mistério dos monges chineses, basta fazer a primeira escolha, depois jamais cessar de fazê-la. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>O mestre age sem dizer nada e ensina sem dizer nada. Ele tem, mas não possui. Age, mas sem expectativas. Quando as coisas vêm, ele as deixa vir. Quando elas vão, ele as deixa ir. Quando seu trabalho está feito, ele o esquece. Assim, ele dura para sempre. (Laozi - Tao Te Ching</i><i style="color: #222222; white-space: nowrap;">)</i></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-54722573125391971682013-02-14T09:18:00.002-08:002013-02-14T09:28:39.926-08:00Valentim foi garfado pelo cupido<br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Hoje é o dia de São Valentim. Não existe carnaval em vários países do hemisfério norte, como EUA e Canadá, por isso o dia dos namorados é posicionado nesta data por lá. Esse dia é escolhido nesse intervalo para motivar o consumo em uma época do ano que seria fraca para o comérico em geral. Aqui no Brasil, o dia dos namorados cai em 12 de junho, definitivamente seguindo a mesma lógica. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">Já a história do santo vem de um boato que corre na boca pequena. Um tal imperador Romano Claudio II (<b><i>Marcus Aurelius Claudius </i></b></span><span style="background-color: white; line-height: 19px;">—</span><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"><b><i> </i></b></span>214 D.C<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"> — </span><i style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">Sirmium</i><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">(</span>Bálcãs<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">), </span>270 D.C<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">) teria baixado uma lei que proibia os jovens de se casarem, afim de assim formar um exército mais motivado, capaz de viver na guerra sem querer desesperadamente voltar para casa. Um bispo romano chamado Valentim achou isso um abuso autoritário e resolveu casar as pessoas na surdina. Obviamente pegaram ele no flagra e o sentenciaram à morte. </span> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">Naquela época a igreja não era tão cheia de posses como foi ficando pela idade média, por isso não havia celibato obrigatório para membros do Clero. Valentim era solteiro e, caso viesse a desejar, poderia se casar eventualmente. Claro, isso se não fosse ser executado. Enquanto esperava pela execussão em sua cela, a filha do carcereiro foi visitá-lo, no intuito de assegurar-lhe de que "os jovens ainda acreditavam no amor". Como é preciso uma doença ou condição permanente seguida por uma respectiva cura milagrosa para que alguém vire santo na Igreja Católica, a moça desta estória chamada Astérias era cega e passou a enxergar depois de algumas visitas ao bispo. Ainda mais milagrosamente, além desta "moça" ter começado a ver, parece que aprendeu a ler em tempo recorde também, pois segundo a lenda, ela teria recebido uma correspondência amorosa do bispo que terminava com o famoso verso "</span><b style="line-height: 19.19791603088379px;">... do seu Valentim.</b><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">" A igreja hoje não reconhece esse conto como história oficial, nem o santo, alegando que não encontrou evidências históricas suficientes. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 19px;">Para criar uma data e criar um costume de fato, não se pode deixar faltar um personagem bem simbólico. Nada melhor que a mitologia grega para colocar magia na coisa! O </span><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">Cupido</span><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">, aquela figurinha angelical bem conhecida,</span><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"> era o </span>deus <span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">equivalente romano do </span><span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">deus </span>grego<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"> </span>Eros<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">. Ele seria o filho da deusa da beleza, </span>Vênus,<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"> e do deus da guerra, </span>Marte. Diz-se que ele a<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">ndava sempre com seu arco, pronto para disparar flechas tanto sobre os corações de mortais e quanto sobre os de divindades. Ele teria tido um romance muito famoso com a princesa </span>Psiquê<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;">, a chamada "deusa da alma". </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 19.19791603088379px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A mensagem dessa data fica bastante interessante, misturando-se tudo até ficar homogêneo. De um lado, um sacerdote rebelde e bondoso sentenciado a morte, com sua paixão não resolvida pela moça que apaixonou-se por ele após "poder enxergá-lo" depois de conviver a sós com ele por algumas oportunidades. De outro, um mito, símbolo do Amor, do erotismo, fruto bastardo da divindade representante essencial da beleza com o deus da guerra. Vênus seria esposa de Vulcano, o deus manco, tendo pulado a cerca com Ares para conceber o "anjinho" cupido. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Segundo essas histórias:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1) Parece que o homem que se sacrifica a vida toda unindo casais apaixonados jamais é "visto" pela mulher que ele mesmo estará apaixonado, até que esteja definitivamente "ferrado de vez". </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">2) Parece que o cupido não passa de um filho de uma vadia, pistoleira, acostumada a ser bajulada demais por ser bonita, que corneou o marido dando para o macho mais agressivo e viril que encontrou.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Logo, deixemos as moças aprenderem a conviver com a cegueira delas, os marmanjos irem à guerra desempedidos e, caso avistemos um anjinho com arco na mão, a gente abate, toma as flechas e as atira na mãe dele. </span></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-19179417858003111752012-09-19T11:30:00.000-07:002012-09-19T11:33:42.862-07:00Somos bebês em corpos de Titãs<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1F2z7jbmP_NGiuuE7Oxu_TNzC78bjYtHaktLFIJe-ewMzOx-HFxvaDIqlJ3ugDRUkgXNC_WqtQywteJSQmLL1eikhYEKtWTOIbtfKSzDK7BxU8qeYODV4NGfRhessHUk52D_7uqslWafF/s1600/Atlas-by-Boris-Vallejo-249x300.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1F2z7jbmP_NGiuuE7Oxu_TNzC78bjYtHaktLFIJe-ewMzOx-HFxvaDIqlJ3ugDRUkgXNC_WqtQywteJSQmLL1eikhYEKtWTOIbtfKSzDK7BxU8qeYODV4NGfRhessHUk52D_7uqslWafF/s1600/Atlas-by-Boris-Vallejo-249x300.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Da diferença entre força e fraqueza:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">É muito comum ouvir as pessoas falarem umas para as outras, "sejam fortes!", ou "você tem de ser forte", ou "fulano é um fraco", "o senhor é um fraco, pede pra sair!"... A questão é "o que sinifica ser "forte" ou "fraco"?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Bom, o "forte" dessas sugestões aí de cima parece ser sinônimo de "<b>suportar algo que pesa</b>". Extendendo para uma coisa mais emocional, talvez se possa alcançar um sentido de "<b>suportar o próprio pesar</b>". O "fraco" por sua vez, seria aquele que "cede a pressão" ou, por antítese ao "forte", seria sinônimo de "<b>não-capaz de suportar peso</b>", "<b>não-capaz de manter-se são quando sente pesar</b>".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Suportar o próprio pesar... Interessante! Até quando? Eternamente!? Para que finalidade? Queixar-se de que a vida não se dedicou a lhe fazer feliz? Nem mesmo as estrelas suportam o próprio peso! Quando o calor delas acaba: bum! Supernova! Se a gente tenta suportar o peso do universo ou corre tão rápido quanto a luz, literalmente a gente explode. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Força e fraqueza na natureza são apenas condições. As coisas se concentram, se expandem e se transformam, num ciclo infinito. Não é preciso ser um super-cientista para testar isso empiricamente. Do símbolo à conduta, quem escolhe ser "forte" e "duro" como uma pedra o tempo todo, apenas está se forçando a explodir. Acaba apenas alcançando o resultado de se encontrar no momento seguinte na condição de maior fraqueza possível. Os fluidos como água e ar são frágeis, mas não deixam de ser o que são, onde quer que estejam. Uma pedra, por outro lado, depois que explode passa a ser poeira. Depois disso vira terra, lama, planta, gente...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A gente não encontra problemas em ser forte ou fraco, mas em se fixar em uma dessas posições por escolha deliberada. Uma escolha "meio-besta", diga-se de passagem. Tentar ser forte o suficiente e fraco o suficiente, de acordo com a situação já é difícil tentando. Imagina se a gente nem sequer estiver procurando por isso? Pessoalmente acho que definir uma situação em que "força" é demandada, não há precisão em se dizer "hei de ser forte". Acredito que a palavra "tenaz" cabe muito melhor. Isso significa apenas dizer que eu sou capaz de ser o mais forte e duro o possível, sem perder a capacidade de retornar à minha forma original. Essa eu afirmo seguramente que é <b>a melhor maneira de lidar com aquilo que é necessário suportar</b>! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHRwf0AgmySI3aDq05ed3xM3oYZC7FkeRufxD7A80LMFP3OcpjeohsVeVgrk7iTly5gxCrHGUpwkKiiZ3F9JVH4G7oQGlTAsR-1irEhRNevSW1RUEKUPd4dNuhBsOeVlTKiW07fDikRgqA/s1600/Caos+Primordial.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHRwf0AgmySI3aDq05ed3xM3oYZC7FkeRufxD7A80LMFP3OcpjeohsVeVgrk7iTly5gxCrHGUpwkKiiZ3F9JVH4G7oQGlTAsR-1irEhRNevSW1RUEKUPd4dNuhBsOeVlTKiW07fDikRgqA/s1600/Caos+Primordial.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A título de curiosidade, faço uma inferência por antítese. A melhor forma de se atacar, influenciar ou fazer ceder, sucumbir é sendo "brando". Dessa forma a água e o vento esculpem as pedras e formam areia e poeira. Dessa forma, o Caos, f</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">igura mais antiga da Mitologia Grega, é símbolo de "o quê preenche o próprio espaço entre o Éter e a Terra".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Há de ser <b>brando</b> como a água e <b>tenaz</b> como "liga de titânio elasto-plástica"!!!</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">(<i>Se queremos uma máxima boa, por que não usar a tecnologia a nosso favor, né?</i>)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Da diferença entre <b>Ajustar-se</b> e <b>pertencer</b>: </span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Se eu tenho que ser eu mesmo, eu pertenço. Se eu tenho que ser como você quer, eu apenas me adequo. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O senso de pertencimento é a expressão clara de eficácia da principal meta da existência humana: <b>a conexão</b>. Quanto mais alguém tenta se adquar nos moldes do que o outro idealiza, mais se reifica, mais se torna coisa, mais longe fica de se conectar. Por fim, acaba por estar suportando o peso da expectativa do outro sobre si quando este está emocionalmente dependente. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As pessoas eventualmente colocam o peso delas sobre a gente. Sem problemas. A gente ajuda a levantar, conduz na dança, dá show no trapézio, escuta a necessidade dela de criticar, ou o que quer que seja, mas com um propósito claro e tempo máximo pré-determinado. Um ser humano presisa se sustentar sobre quem é, não sobre o outro. Se a gente sustenta o outro mais do que o necessário, ou sem finalidade definida, acaba rolando uma "simbiose". Por consequência, a necessidade emocional de "<a href="http://caminhantediurno.blogspot.com.br/2006/03/desamparo-aprendido.html">significado</a>" fica plenamente desatendida e ambos passam a experimentar a sensação de ser um lixo, de inutilidade. Vive-se em pleno "<a href="http://caminhantediurno.blogspot.com.br/2006/03/desamparo-aprendido.html">desamparo aprendido</a>". </span></div>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse papo de "ama ao próximo como a ti mesmo" é maneiro, mas só funciona quando você começa com "amar a si mesmo direito" antes, pois eu garanto que ninguém gostaria de ser amado do mesmo jeito que uma pessoa que se trata como um lixo faz. </span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">As vezes quem nos ama é duro com a gente, quando deveria ser brando. As vezes é brando quando deveria ser duro. Essa pessoa, quem ama, só está tentando se conectar com a gente. Como você é sagaz, já deve estar pensando: "mas eu não tenho de tentar ser brando quando a pessoa for dura e vice-versa, para assim a gente se encontrar?". Você chegou por si só aonde eu queria chegar. </span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiTSKJiF9r6a2WeFIOeFbmtabSc7cc0ba2tY0txNlC0TWYA0NlYpqTFBEohAUasMkFAYY_Bg1s3O-_wIdx2CRte_nYSfpE3vIZlKLqbIUZOVQWEJUmvU6mr9ZYKsdyIWm8FeCwtJKUxJpn/s1600/pedra_filosofal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiTSKJiF9r6a2WeFIOeFbmtabSc7cc0ba2tY0txNlC0TWYA0NlYpqTFBEohAUasMkFAYY_Bg1s3O-_wIdx2CRte_nYSfpE3vIZlKLqbIUZOVQWEJUmvU6mr9ZYKsdyIWm8FeCwtJKUxJpn/s320/pedra_filosofal.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Este é o lugar onde os espíritos se mesclam. É o símbolo maior do céu, da vida, do infinito. É a criação à partir do conflito, a destruição criadora, </span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">uma folha seca numa caixa de vidro,</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> a pedra filosofal</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">. A pedra que supostamente "institui valor de ouro" a todo metal com que se funde - um pedaço do próprio espírito de que se abre mão para criar valor. A pedra de cuja poeira se tira o elixir da <b>vida eterna</b>. Do Latim: <i>V</i></span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>ita - </i>intervalo entre o início e fim de um ciclo; "Eterna",</span><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; text-align: left;"> </span><i style="background-color: white; text-align: left;">aeternus - </i><span style="background-color: white; text-align: left;">que não muda com o tempo. "Vida eterna" não significa não morrer, pessoa tola, mas existir em contato com a mudança sem abrir mão de quem é. </span></span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Obviamente não é fácil, mas não é impossível. Além disso, em se praticar, todo dia a gente fica melhor, melhor e melhor em tudo... As nossas necessidades de significado e de conexão formam um paradoxo, mas no fundo, elas são apenas opostos complementares, que dependem um do outro para existir. Nós dependemos uns dos outros para sermos quem somos, porém, é em ver as diferenças que temos entre nós, que a gente exercita isso de fato. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-22717125234331419092012-09-18T08:31:00.001-07:002012-09-18T08:40:40.680-07:00Série Papai Mestre Infante - 1 - Deve ser por isso que "os melhores são apenas bons para a infantaria".<div style="text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O fim de semana foi cansativo. Comemorações, encontros sociais, almoços de família, madrugadas sem dormir e bebedeiras homéricas. Nada menos do que uma série de bons momentos convergindo em menos de 48 horas. </span></div>
<div class="ennote">
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Eu corro todos os dias algo por volta de 12 quilômetros. Somando-se uma média de <a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=228793551260511128">1:30</a> horas de sono desde sexta-feira a uma sobrecarga de etanol e McDonald's para processar no sistema, não haveria condição alguma de sequer se considerar a possibilidade de executar qualquer exercício físico deliberadamente. <a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=228793551260511128">Domingo à noite</a> era a hora que a minha cara estava denunciando "game-over". </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Papai infante, nesta noite de domingo, ao olhar para a minha cara de fim de carreira solta:</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Vai correr! Por que tu não correu hoje? </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ele falou e deu de ombros, com ar sério de esporro, desafio feito, missão cumprida. Eu, fazendo certamente a expressão de alguém que pensa: "Vossa excelência só pode estar a propor atividades despudoradamente fornicativas com meu tecido epitelial facial". </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Não respondi nada, mas ele só podia estar de sacanagem!</span></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Dia seguinte, depois de eu voltar da corrida, fui lá eu passar na frente dele todo molhado que nem um mané para ver se ele dava um retorno positivo. Ele não deu a mínima. Eu tive de perguntar:</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Pai, hoje eu corri a beça, o senhor não falou nada!? </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Para quê? Hoje você sabe que consegue fazer. Só tenho que falar quando você acha que não consegue. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125); font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-74218587243663335582012-08-31T03:39:00.000-07:002012-08-31T03:39:54.089-07:00Você preferiria morrer de paixão, ou viver sem propósito?<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875);">Paixão é sentimento. Amor é valor. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.00390625);">A paixão é a dor que cria imperativamente o desejo de obter a experiência da beleza advinda do objeto a que se tem conexão. Fala-se paixão quando se quer dar categoria taxativa a desejo, de forma que este seja insubstituível e impossível de ser evitado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">Amor, por outro lado é um valor, algo que existe para guiar a decisões de forma autônoma, ou seja, não apenas reativa aos instintos primitivos. A distinção deste para qualquer outro valor é o fato de ser a virtude altruísta por excelência. Em outras palavras, aquele que assume amor como sua virtude age em função do outro, pelo bem do outro, não para satisfazer o próprio desejo. Um ato por amor é aquele de quem abre mão de atender a si mesmo em determinado momento, para atender ao outro. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">Diz-se que um ato é puro de intenção quando este é feito puramente por valor. Isto somente é possível quando há o alinhamento entre o efeito a ser produzido e o desejo a montante. Há uma corrente muito forte de estudiosos que entende como sendo o "amor materno" o único provido de pureza de intenção, ou seja, o polêmico "amor incondicional". Esta alusão é totalmente coerente, pois o instinto materno está diretamente associado à prole. Isto alinha a decisão por instinto à decisão por valor, tornando-as a mesma consequentemente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">P</span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">ode-se dizer que o desejo de uma pessoa ver outra feliz pode ser uma paixão. Quanto mais conectada e imersa em empatia ela estiver, mais ela estará apaixonada. Seu instinto a guiará, então, para buscar em desespero por provocar felicidade na outra. Há duas incongruências insanáveis nesta condição: </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></span></div>
<div>
<ul>
<li style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Uma é se estar vinculando </span><b style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">de forma dependente</b><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">o </span></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); background-color: rgba(255, 255, 255, 0.00390625);">estado, atitude, humor</span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> </span><b style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">do outro</b><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> ao próprio</span></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">. Consequentemente, quem age assim transfere a responsabilidade de como se sente a um sujeito externo, tornando-se impotente. As consequências são o comportamento de vitimização e a experiência de desamparo adquirido. </span></span></span></li>
</ul>
<ul>
<li style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Outra é justamente o </span><b><i style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">paradoxo do hedonismo</i></b><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">, mas com o agravante de buscar a felicidade diretamente para um sujeito externo. O conceito deste paradoxo resume-se a afirmativa de que não é eficaz se buscar felicidade diretamente, mas apenas criar condições para que esta se estabeleça. Consequentemente, esta ação de "buscar a felicidade do outro apaixonadamente" está fadada ao insucesso.</span></span></span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);">Não há nada de errado em "desejar ver o outro feliz", mas apenas na eficácia das decisões que se toma. Tampouco há algo de errado em se estar apaixonado, por mais dolorida que esta condição seja. Negar e evitar as experiências que despertam paixões na vida em princípio parece ser prudente, mas na prática é a pior das decisões. Isto apenas cria uma ilusão de invulnerabilidade e afasta não somente as emoções, mas o próprio senso de propósito do ser humano. Pode-se dizer que há hoje uma espécie de "epidemia desta doença", pois a falta de senso de propósito se reflete nas estatísticas apontando a atual sociedade como a mais obesa, endividada, viciada e medicada de todos os tempos. É inquestionável ser preferível morrer de paixão, que viver sem propósito. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">Como decidir por valor, sem negar as próprias paixões? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);">A resposta começa com uma prática para se tornar emocionalmente tenaz. Deve-se "aprender a perder". Como quem perde experimenta vergonha, pode-se dizer que quem aprendeu a perder é resiliente a isso. Em outras palavras, aprende-se ser capaz de viver a experiência de se sentir envergonhado e não somente não se desesperar, mas retornar ao equilíbrio o mais depressa possível. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);">A mesma pessoa apaixonadamente desejando ver a outra feliz, conforme caso acima, agiria de forma bem diferente sendo tenaz e consciente de sua condição. Ela <b style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">não</b> procuraria "resolver o problema do outro", mas ficaria atenta a ele de forma a encontrar formas de contribuir imperceptivelmente. Ela não nega a si mesma o desejo de ver o outro feliz, mas tampouco transfere a este a responsabilidade por como se sente. Ela pauta suas ações em uma estratégia voltada para tornar o outro autônomo em sua capacidade de ser feliz. Ela está disposta a perder, pois quem decide o que fazer e quando fazer sobre como se sente é seu objeto nesta situação. Ela não o pode fazer feliz, mas pode contribuir para que seja mais competente em se fazer feliz quando desejar. Ela não escolhe por ele, privando-o de sua autonomia. Ela o desafia, mas apenas no limite de sua capacidade. Ela age a montante do resultado que pretende, para que as condições permitam que o efeito advenha espontaneamente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); background-color: rgba(255, 255, 255, 0.0078125);">O mais importante de tudo é que ela se sente serena e satisfeita, mesmo que não veja um sorriso no rosto do objeto de sua paixão. Ela se sente assim pois sabe que está sendo efetiva. Sabe que suas ações conduzem a realidade inevitavelmente a um desfecho em que ela, sem precisar agir, verá a beleza da felicidade espontânea lhe surpreender.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469);"><br /></span></div>
<div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-22112826845186125642012-08-19T16:13:00.000-07:002012-08-19T16:13:13.345-07:00"Mr. Mayor", Eduardo Paes vulgo "Eddie Peace", agora é Tedster. <br />
<div style="text-align: justify;">
O trabalho de prefeito aqui em uma cidade como a nossa é complexo. Ele fez um apanhado geral nesse vídeo enfatizou a parte boa, e ao menos mencionou alguma coisa da ruim. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa iniciativa de "Cidade Socialmente Integrada" é bem coisa de IBM com o Smarter Planet dela. A tecnologia que ele meio que "se gabou" obviamente funciona de forma "um pouco menos" eficiente do que a imagem que ele vendeu. Porém, tem seus legítimos méritos. É coisa que a big blue está oferecendo para o mundo inteiro: A idéia de "cidade do futuro", de "cidade mais inteligente". Acho uma boa iniciativa, como um "produto". Oferece valor real. Trabalhei lá, logo sou suspeito pra falar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para julgar o trabalho do cara, acredito que é preciso saber ao menos três coisas: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1)O quê ele fez? </div>
<div style="text-align: justify;">
2)Como ele fez? </div>
<div style="text-align: justify;">
3)Por que ele fez essas coisas e abriu mão das outras?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No número 1 resta a produtividade. </div>
<div style="text-align: justify;">
No 2, polêmico, se ele roubou ou não, e se foi eficiente ou não. </div>
<div style="text-align: justify;">
No 3, como ele escolhe usar o poder que a maioria das pessoas do município lhe instituíram. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse vídeo é mera promoção dele e do Rio. Estou certo de que não é uma fonte de informações boa para permitir avaliá-lo como profissional ou como "gente fina". Tampouco acho justas diversas críticas a várias decisões e posicionamentos dele. Julgar "se ele é bom ou não como prefeito" para mim, que não tenho saco de fiscalizar as contas públicas de tudo que ele faz, deve se basear no número 3. Se a maioria de nós vota nele, isso significa que aquilo que damos valor é aquilo que ele faz. O professor e o médico do município (entre outros) ganham mal, mas a triste realidade é que a maioria de nós não gosta de escola e só se preocupa com Saúde quando a própria saúde falta. Sonhamos ser ricos, trabalhar pouco para ganhar muito, pagar o médico particular, professor particular... "Serviço Público" é quase sinônimo de "serviço ruim" para o carioca, talvez até para o brasileiro. O salário do jogador de futebol é alto porque nós damos valor a isso! Assistimos a jogos, bebemos cerveja e reclamamos da vida, do governo, do prefeito... Como reclamamos! É polêmico, mas eu digo: "nós damos valor a reclamar!" </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma opinião?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Somente acho que ninguém é perfeito, tampouco totalmente imperfeito. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />O Mr. Mayor aí faz o que ele acha que tem de fazer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ele faz legalmente, até que se prove o contrário. </div>
<div style="text-align: justify;">
Se eu não acho conveniente e oportuno, não voto nele. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/B8Z2G7d2kzs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br class="Apple-interchange-newline" /><br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-30254309449898262062012-08-05T19:02:00.001-07:002012-08-05T19:02:48.848-07:00E eles me chamam de louco.<br />
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Quando querem alguma coisa, eles fingem que não querem. <br />Falam por falar, mesmo sem ter nada a dizer. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Quando sentem falta de alguma coisa, reclamam ao invés de pedir. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">A maior parte do que fazem, fazem por fazer, </span><span style="font-family: Tahoma;">porque todos fazem, sem saber por quê. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se você lhes pergunta por que não agir diferente, eles lhe estranham. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Dizem que qualquer coisa diferente disso, você não pode fazer. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se você pergunta por que, eles não sabem responder. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Tahoma;">Se você age diferente, eles se assustam, fogem, exasperam-se. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Tahoma;">Se insistir, podem até lhe agredir, atacar, bater.</span></div>
<div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Quando quero alguma coisa, peço. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Quando não tenho nada a dizer, calo. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Quando tenho, então eu falo. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">No máximo, espero, ajusto, mas não deixo de expressar. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Quando sinto, sinto. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Pode ser alegria ou pesar. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se for gratidão, expresso. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se for dor no coração, despeço. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se é amor, eu ofereço. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se for sonho, desejo. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Se for medo, fico atento. </span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Paixão, eu tento,</span></div>
<div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">Ganhando ou perdendo, doa o que doer.</span><div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<span style="border-collapse: separate; border-spacing: 0px; font-family: Tahoma;">...e eles me chamam de louco.</span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-16868356527653305092012-08-04T18:39:00.000-07:002012-08-04T18:39:35.399-07:00Ele deseja os tecidos do céu.<br />
<div style="text-align: center;">
Se eu tivesse tecidos bordados dos céus,</div>
<div style="text-align: center;">
Adornados com luz dourada e prateada,</div>
<div style="text-align: center;">
O azul e o escuro e os panos escuros</div>
<div style="text-align: center;">
Da noite e luz e à meia-luz,</div>
<div style="text-align: center;">
Eu os espalharia por debaixo dos seus pés:</div>
<div style="text-align: center;">
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas meus sonhos;</div>
<div style="text-align: center;">
Eu espalhei os meus sonhos sob os seus pés;</div>
<div style="text-align: center;">
Pise suavemente, pois você está pisando nos meus sonhos.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
(Tradução do original "He wishes for the cloths of Heaven", de <em style="color: #222222; font-style: normal; white-space: nowrap;"><span style="font-family: inherit;">William Butler Yeats)</span></em></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-58493278272931946262012-07-23T12:38:00.003-07:002012-07-23T13:04:55.523-07:00Será que o próprio Poder individual em si pode ser um problema? Nao ter escolha em uma situação é definitivamente desconfortável. Ninguém quer se sentir preso, acorrentado. Porém, escolhas demais também trazem grande sofrimento. Ambas as dores são completamente diferentes. A primeira diz respeito a se sentir preso, privado de liberdade. A segunda é bem mais sutil, profunda. Diz respeito a qualquer decisão que se toma ser percebida como de preço extremo, exorbitante.<br />
<br />
No aspecto individual, tome-se aqui o conceito restrito de poder como o da gama de recursos que alguém possui para enfrentar os desafios do dia-a-dia. Isto posto, a hipótese a ser levantada é de se não seria um fator causador de enorme sofrimento alguém ter uma gama tão vasta de recursos de poder pessoal, que esteja sempre enfrentando enorme sofrimento quanto à eficiência de suas ações. Um fenômeno de fácil comprovação empírica é fator agravante desta situação ainda. Uma pessoa pouco se da conta de fato objetivamente de cada competência que possui, principalmente nos aspectos sociais e psicológicos.<br />
<br />
Quando uma pessoa, nos termos descritos até aqui, "poderosa" se depara com uma situação, ela precisa decidir sob a pressão do momento de que recursos irá fazer uso. Se a variedade de opções for grande demais, o recurso a se decidir usar tem o preço de todos os outros. Se os outros são de número incalculável, a percepção sempre tenderá a ser de que a decisão foi absurdamente ineficiente, cara demais. Em muitas situações, a pessoa com muito poder pode se tornar ineficaz em absoluto, por "paralisar" emocionalmente perante uma situação perfeitamente administrável por ela, devido a uma crise de ansiedade associada ao medo da vergonha de errar algo simples. Em outras, o sofrimento vem depois da ação realizada em si, quando se vive propriamente o embaraço pela insegurança que permanece sobre a adequação, qualidade e moralidade daquilo que se fez. Neste último caso, o comportamento é o exemplo clássico de perfeccionismo.<br />
<br />
Fazendo uso dos dados descobertos pela cientista social Dra. Brenè Brown, a civilização atual é a mais viciada, medicada, obesa e endividada da história. O "mal-estar social" seguindo a idéia do livro texto famoso nunca foi maior. O ato de consumir em si sempre será importnte, mas jamais resolverá o verdadeiro problema mesmo que se tornasse irrestrito a qualquer um. Quando não há comida suficiemte, os homens lutam entre si para sobreviver. Muitos chamam isso de guerra justa. Quando a comida sobra, eles arranjam outros motivos para lutarem entre si. Porém, quanto mais longe do essencial à vida, menos nobre é a causa. Todas estas que se relacionam a <i>poder</i>, quer seja sobre si mesmo ou sobre os outros, mexem com orgulho e preconceito. Por isso, são fontes de grande sofrimento e inspiradoras de medo.<br />
<br />
Existe somente uma forma de se lidar com este contexto-problema do excesso de opções de <i>recursos de poder</i>: <b>é preciso praticar sempre se </b><b>fazer as perguntas certas</b>. Suponha-se, então, que todos os dias fosse possível conscientemente formular um padrão de perguntas afim de assumir o estado de espírito certo, e assim se fazer lembrar de como se sente gratidão, serenidade, satisfação? Imagine se os estados de espirito pudessem ser alterados não somente pela instituição linguística de significados ao código verbal, mas pelo tom da voz, pela música, pelas imagens como expressões corporais ou faciais apenas, pela intenção do toque sutil, fazendo com que aquilo que está dentro de um possa contagiar o que esta fora com alegria e espontaneidade, deliberadamente? Imagine se isto sempre tivesse sido possível e estivesse ao alcance de todos... ?<br />
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<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-50213471537353238882012-07-12T09:57:00.001-07:002012-07-12T09:57:44.991-07:00O Nono Pássaro Azul<a href="http://3.bp.blogspot.com/-jakS2s67Pws/T_8Bo9rLXHI/AAAAAAAAAH0/nhukdZN_obY/s1600/Me+and+Bluebird.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-jakS2s67Pws/T_8Bo9rLXHI/AAAAAAAAAH0/nhukdZN_obY/s200/Me+and+Bluebird.jpg" width="133" /></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O nono
pássaro azulado</span></div>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">pede pelo meu amor<br />
e assim ele será dado<br />
até o dia em que eu me for.</span></span><br />
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span><br />
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quem és tu, pássaro azul? </span><br /></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-20492477187141380892012-07-11T16:21:00.000-07:002012-07-11T16:25:42.795-07:00A Felicidade bicando os dedos do pé!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1We-sF-_ogY3B-ujK2CVFfftV-9okccF95K2gOWxRA2y4kXj8Vwmp-eSIE_aNAHV4LFCyitITeXcFU1xZQ-_TCwtThzo3KWIwDJI2WtuJVANdTXv9J44iQSoYABlmBa1vDITzeaSkF413/s1600/solarium.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1We-sF-_ogY3B-ujK2CVFfftV-9okccF95K2gOWxRA2y4kXj8Vwmp-eSIE_aNAHV4LFCyitITeXcFU1xZQ-_TCwtThzo3KWIwDJI2WtuJVANdTXv9J44iQSoYABlmBa1vDITzeaSkF413/s200/solarium.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 13.600000381469727px; text-align: left;">Felicidade parece funcionar como um passarinho que vem fazer visita ao jardim da sua casa. </span><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 13.600000381469727px; text-align: left;">Você planta flores, coloca sementes para eles se servirem, cuida de tudo para que você e eles possam se sentir confortáveis ao ficar ali. Eles vêm e vão quando querem. Se você chega perto, eles se assustam e voam, lhe deixando entediado ou apenas com as suas tristezas para se entreter. Quem sabe</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 13.600000381469727px; text-align: left;"> não seja boa prudência apenas dar a eles um bom dia; observá-los em sua mais pura beleza, tênue e delicada; cuidar deles apenas para que vivam melhor do que se você não existisse... Quem sabe, depois de algum tempo, depois de acostumados com sua presença, eles não só encham de alegria o solarium da sua vida, mas entrem no seu quarto para bicar seus pés no dia em que você dormir até tarde...</span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 13.600000381469727px; text-align: left;"><br /></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-33584645046595097002012-07-04T16:19:00.002-07:002012-07-04T16:19:19.776-07:00Um preço de prece por um valor da vida.Noite de lua cheia na praia. Dia de semana. O Sr. excêntrico resolve espairecer e vai de carro até a orla, na intenção de caminhar, mergulhar e ouvir o som do oceano. Logo que desce do carro e o tranca, aproxima-se uma pessoa e começa a falar com ele:<br />
<br />
- Aí Dotô, pode ficá tranquilo que tá guardado. Deixa só aqueles cinco adiantadu, pra ajudá nóis, falô!?<br /><br />O Sr. Excêntrico encara serenamente o rapaz enquanto o escuta com atenção. No instante em que termina, ele observa à volta e identifica as condições do ambiente que o cerca. Em seguida, encara o suposto "guardador" mais uma vez e pergunta:<br /><br />Sr. Excêntrico - Qual o seu nome?<br /><br />Guardador - Gílson, dotô!<br /><br />Sr. Excêntrico - Prazer em conhecê-lo Sr. Gílson. Permita-me uma pergunta. Pelo que estarei lhe pagando cinco reais?<br /><br />Guardador - Pra mim olhá o seu carro, dotô?<br /><br />Sr. Excêntrico - Compreendo. Por que eu preciso que o senhor olhe meu carro?<br /><br />Guardador - Pá não tê problema!<br /><br />Sr. Excêntrico - Que problema eu posso ter? O carro ser roubado ou quebrado, por exemplo?<br /><br />Guardador - Pode ser?<br /><br />Sr. Excêntrico - Como o senhor iria evitar que alguém fizesse isso, caso acontecesse?<br />
<br />
Guardador - Eu ia avisá o sinhô, né, dotô?<br /><br />Sr. Excêntrico - E o que eu poderia fazer?<br /><br />Guardador - Ficar sabendo! Chamá a polícia.<br /><br />Sr. Excêntrico - Se o senhor não me avisasse, o que aconteceria?<br /><br />Guardador - O sinhô ia chegá e não ia encontrá o carro, ou ia incontrá ele cos vrido quebradu, faltanu alguma coisa...<br /><br />Sr. Excêntrico - Mas não aconteceria a mesma coisa, mesmo com o senhor me avisando?<br /><br />Guardador - Sim, mas aí, mas daí o sinhô ia sabê quem foi?<br /><br />Sr. Excêntrico - Sr. Gilson, o senhor iria perguntar aos bandidos gentilmente pelo nome deles?<br /><br />Guardador - Não... eles bem podia me matá!<br /><br />Sr. Excêntrico - O senhor sabe o meu nome?<br /><br />Guardador - Não, o sinhô num me disse.<br /><br />Sr. Excêntrico - Por que eu lhe diria?<br /><br />Guardador - Não sei.<br /><br />Sr. Excêntrico - Sem problemas. Então me responda, o senhor é bandido?<br /><br />Guardador - Quê isso, dotô? Nóis é do bem! Tamo aqui na moral, olhando o carro do sinhô, aí!? Na paz. Fé em Deus!<br /><br />Sr. Excêntrico - Então o senhor não é bandido. O senhor é da polícia?<br /><br />Guardador - Não, dotô! Pô, os hômi lá e eu cá!<br /><br />Sr. Excêntrico - O senhor não é bandido, nem polícia e não pode fazer nada melhor que fugir se um bandido vier roubar o carro ou quebrá-lo. Se o senhor não pode me oferecer nada do que eu preciso, pelo que eu lhe daria cinco reais?<br /><br />Guardador - Pô, dotô! Pá ajudá nois! Pá adiantá o nosso lado... levá o leitinho das criança...<br /><br />Sr. Excêntrico - O senhor tem filhos?<br /><br />Guardador - Tenho três, dotô.<br /><br />Sr. Excêntrico - Se eu não lhe der dinheiro, seus filhos não beberão leite hoje, então?<br /><br />Guardador - Pois é, dotô! Pois é!<br /><br />Sr. Excêntrico - Onde o senhor mora?<br /><br />Guardador - Na comunidade ali, no morro ali atrás.<br /><br />Sr. Excêntrico - O senhor não sabe o meu nome, não se interessou em perguntar. Não sabe por que eu estou aqui, de onde vim, não está interessado nisso também. O senhor me exige dinheiro inicialmente para me oferecer algo que sabe que não pode entregar. Depois de adimitir isso, o senhor me pede ajuda em dinheiro e, agora, quer que eu me sinta responsável pelo alimento DOS SEUS filhos?<br /><br />Guardador - Pô, dotô! Não qué dá dinhero, num dá, pô! Não precisa brigá comigo!<br /><br />O senhor excêntrico sorri ternamente e diz:<br /><br />- O que lhe leva a acreditar que eu estou "brigando" com o senhor?<br /><br />Guardador - O sinhô tá passanu maió sermão!<br /><br />Sr. Excêntrico - Que sermão? Eu lhe disse que alguma coisa que o senhor fez é certa ou errada?<br />
<br />
Guardador - Não, mas o sinhô falô aí que eu te inganei...<br /><br />Sr. Excêntrico - Em que momento eu disse isso?<br /><br />Guardador - O sinhô não disse, o sinhô...<br /><br />Sr. Excêntrico - O "sinhô"... o quê?<br /><br />Guardador - Não qué dá dinhero, não dá pô! Tô aqui na responsa...<br /><br />O Sr. Excêntrico retira uma nota de cem reais do bolso, mostra ao rapaz e diz:<br /><br />- Se o senhor me der um motivo para eu lhe dar qualquer quantia dinheiro, mesmo que seja um real apenas, essa nota de cem é sua. Qual o motivo o senhor escolhe?<br /><br />Guardador - Pô, dotô! Eu não tenho motivo.<br /><br />Sr. Excêntrico - Então por que o senhor não começa a procurar um motivo, ao invés de procurar dinheiro? Se o senhor parar para pensar, o senhor sabe onde está o dinheiro. Está no bolso das outras pessoas, nos bancos, nas contas etc. O senhor só precisa encontrar um motivo para que as pessoas queiram lhe dar do dinheiro delas, não é?<br /><br />Guardador - O dotô tem um papo muito doido aí!<br /><br />Sr. Excêntrico - Sim, eu imagino. Vamos fazer um trato, Sr. Gilson. Eu voltarei aqui à mesma hora, dentro de uma semana. Se o senhor estiver aqui e descobrir o nome, a história e como poderia ajudar as pessoas que trabalham naquele quiosque e naquela loja do outro lado da rua, sem cobrar nada por isso, eu lhe dou uma nota de cem. São cinco pessoas, no máximo. O que me diz?<br /><br />Guardador - Tá bão então, dotô!<br /><br />O Sr. Excêntrico voltou em uma semana. Procurou por senhor Gilson e ficou sabendo que ele fora contratado pelo dono do posto de combustível do outro quarteirão. Foi até lá parabenizá-lo e no intuito de pagá-lo, caso confirmasse o combinado.<br /><br />Sr. Gilson - E aí, dotô? Tudo beleza?<br /><br />Sr. Excêntrico - Eu estou muito bem, Sr. Gilson? Obrigado por perguntar. Meus parabéns pelo novo trabalho! Vim aqui para saber se o senhor descobriu o que combinamos.<br /><br />Sr. Gilson - Pô? Descobri sim! A moça do caixa da loja se chama Joana, é filha do dono da loja e ... (...)<br /><br />Sr. Excêntrico - Mais uma vez lhe dou os parabéns! Aqui estão os cem reais.<br /><br />Sr. Gilson - Pô, dotô! Não posso aceitá, não.<br /><br />Sr. Excêntrico - Por quê?<br /><br />Sr. Gilson - Se não fosse o sinhô combiná deu ih perguntá as coisa, eu não tinha arrumado trabaio.<br /><br />Sr. Excêntrico - Mas não foi o que combinei com o senhor? O senhor cumpriu com sua parte. Tem direito ao dinheiro.<br /><br />Sr. Gilson - Dotô, eu qui queria que o sinhô aceitasse meus cem real. - Sr. Gilson tira do bolso um envelope fechado, dobrado.<br /><br />Sr. Excêntrico - Por que EU deveria aceitar?<br /><br />Sr. Gilson - Por que o sinhô me deu uma coisa queu pricisava muito e nem sabia, uma coisa que custa pá bem mais de cem real.<br /><br />Sr. Excêntrico - Tudo bem, eu aceito, mas eu gostaria de contratar o senhor para mais um serviço, se o senhor estiver interessado? -
Sr. Excêntrico pega o envelope de Gilson enqanto diz isso.<br /><br />Sr. Gilson - O que é?<br /><br />Sr. Excêntrico - Eu vou lhe dar cem reais adiantados pela promessa de que o senhor fará com que mais três pessoas façam o mesmo tipo de trabalho que eu lhe pedi semana passada. Temos um trato?<br /><br />Sr. Gilson - Eu vô tentá?<br /><br />Sr. Excêntrico - Isso não é uma promessa de que vai fazer. Quero que o senhor me prometa que vai fazer!<br /><br />Sr. Gilson - Eu vô tentá até eu fazê, nem qui dure a vida toda!<br /><br />Sr. Excêntrico - ... E vai conseguir! Aqui está! Dê lembranças aos seus três filhos. Boa sorte, Sr. Gilson. Adeus.<br /><br />O Sr. Excêntrico então parte com seu carro. Foi a última vez que fora visto.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-81598994435324848882012-05-29T06:49:00.000-07:002012-05-29T06:49:18.757-07:00A consciência indiferenciada<br />
Metade de meu espírito é caos,<br />
Quem preenche o espaço<br />
de uma outra metade,<br />
que perdi quando infante<br />
<br />
Sem ele, estaria morto<br />
Com ele, sou menos estável, concreto,<br />
Porém, imensuravelmente mais poderoso.<br />
<br />
Depois de alguns anos aprendi<br />
Que quanto mais a alma se torna caótica<br />
Mais tristemente sã a mente humana fica...<br />
<br />
E isso é bem ruim.<br />
<br />
O preço é a perda da relevãncia.<br />
Tudo se esvai, o momento se perde<br />
A vida se esquece.<br />
A beleza perece.<br />
<br />
Poucos entretêm,<br />
Muitos entediam,<br />
Entre mil, não estarei entre iguais.<br />
Por isso, sempre solitário, distante.<br />
<br />
O caos me torna tenaz,<br />
É o poder de criação!<br />
A essência da realidade!<br />
<br />
Eu não posso controlá-la,<br />
Mas posso me permitir<br />
Fazer parte dela,<br />
Como se não mais eu fosse <br />
Um idivíduo, e sim o todo,<br />
<br />
Conscientemente indiferenciado,<br />
Essência implacavelmente pura<br />
tanto da morte, quanto dos sonhos.<br />
<br />
(Siegfried Theobald Shore)<span style="font-family: Arial, Verdana, sans;"><span style="font-size: 15px; line-height: 15px;"> </span></span><br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-50132005518264282772012-05-10T09:27:00.000-07:002012-05-11T15:35:16.548-07:00"The Avengers Initiative" - O que os super-heróis teriam a ver com a paixão?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-XMfmOPfLZLM/T6vpIGvypUI/AAAAAAAAAHE/-NlLDwlDyjU/s1600/The-Avengers1-300x170.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><br /><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-XMfmOPfLZLM/T6vpIGvypUI/AAAAAAAAAHE/-NlLDwlDyjU/s1600/The-Avengers1-300x170.jpg" /></a>Por que os
super-heróis fascinam tantas pessoas? Seria pelo poder sobre-humano e
liberdades consequentes, ou pela chance de fazer a diferença para o mundo e
respectiva glória. Quando alguém senta na poltrona do cinema para assistir a “Os
Vingadores” da <i>Marvel Studios</i>, o que
realmente lhe entretém? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O que instiga
mais em um filme são as perguntas que este mesmo leva o espectador a se fazer.
Quando há um herói explícito, como no exemplo dado, a primeira pergunta que vem
em mente, às vezes sem que se perceba, é “o que eu, quem assiste, faria nessas
situações apresentadas se fosse esse super-herói?.” O que você faria se fosse o
“semideus Thor”; ou o “supersoldado ressuscitado Steave Rogers”; ou o “gênio, bilionário,
<i>playboy</i>, filantropo Tony Stark”; ou o
“amaldiçoado Dr. Bruce Banner”?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O universo dos
heróis instiga muito pelos dilemas que advém do confronto entre poder e
responsabilidade. Se você fosse um super-herói, seus problemas atuais não
existiriam. Essas dúvidas e conflitos que lhe são difíceis e, ao mesmo tempo,
lhe fazem sentir-se mundano, irrelevante, ou até mesmo até egoísta, seriam
desprezíveis. Os supervilões que ameaçam o mundo inteiro seriam seu problema
prioritário, pois proteger a humanidade estaria acima de você mesmo. Seus conflitos
pessoais internos e interpessoais teriam uma desculpa perfeita para serem
deixados em segundo plano. Você pode fugir dos seus problemas sem receio de
parecer fraco. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Este é o outro
lado da história dos super-heróis. Os verdadeiros personagens dessa trama dos “Vingadores”
não se confundem com seus “alter-egos”. O personagem do filme não é o “Hulk”, mas
Dr. Bruce Banner. Não é o “Homem-de-ferro”, mas Tony Stark. Não é o “Capitão
América”, mas Steave Rogers. Não é “Thor” o semideus, mas “Thor” primogênito de
uma família tradicional, tendo um irmão caçula desajustado. A história não é
sobre como os “supers” brigam e produzem cenas antológicas de efeitos
especiais, mas sobre como os humanos por trás deles são seres com problemas
mundanos a resolver. O detalhe mais importante é que a própria situação
problemática a ser resolvida pelo filme só existe porque o irmão mais novo do
semideus resolve “aprontar uma travessura”. Para quem não é familiarizado com
histórias em quadrinhos, filmes de super-heróis ou mitologia nórdica, “Loki” é
o próprio Deus nórdico da travessura. Ele é tanto o vilão que fez com que os “Vingadores”
acontecessem, quanto o animado e querido “Maskara”, interpretado por Jim Carrey
em 1994. </div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-daqXTIx7qXY/T6vqO2ffU8I/AAAAAAAAAHM/YFhc1yEw1NU/s1600/1Avengers-LokiHulk.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="254" src="http://2.bp.blogspot.com/-daqXTIx7qXY/T6vqO2ffU8I/AAAAAAAAAHM/YFhc1yEw1NU/s320/1Avengers-LokiHulk.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.impactonline.co/features/727-avenge-this-tom-hiddleston-and-mark-ruffalo"><span style="font-size: xx-small;">http://www.impactonline.co/features/727-avenge-this-tom-hiddleston-and-mark-ruffalo</span></a>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
A questão que
fica é “você desejaria ser um super-herói?”. Mais especificamente: “sendo lhe
dada essa opção, você escolheria se tornar um?”. Por quê? A depender de sua
resposta, se lhe fosse dada a opção, é bem provável que você se tornasse “super”,
mas algo bem distante de um herói. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
“<i>Herói é uma figura arquetípica que reúne em
si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado
problema de dimensão épica. Do grego ‘hrvV, pelo latim heros, o termo herói
designa originalmente o protagonista de uma obra narrativa ou dramática. Para
os Gregos, o herói situa-se na posição intermédia entre os deuses e os homens,
sendo, em geral filho de um deus e uma mortal, ou vice-versa. Portanto, o herói
tem dimensão semidivina. Variando consoante as épocas, as correntes
estético-literárias, os gêneros e subgêneros, o herói é marcado por uma projeção
ambígua: por um lado, representa a condição humana, na sua complexidade
psicológica, social e ética; por outro, transcende a mesma condição, na medida
em que representa facetas e virtudes que o homem comum não consegue mas
gostaria de atingir – fé, coragem, força de vontade, determinação, paciência,
etc. O<b> heroísmo que resulta em
autossacrifício</b> chama-se <b><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rtir" title="Mártir"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;">martírio</span></a></b><span style="text-align: -webkit-auto;">.</span>”</i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 8pt; line-height: 115%;">(<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Her%C3%B3i"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Her%C3%B3i</span></a><span style="color: #17365d;">)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O mártir é o
herói que morre para que o problema seja resolvido. No filme “Os Vingadores” há
um desses, mas que não se deixem “<i>spoilers</i>”.
Só uma dica, ele não é um dos principais. Ser herói significa sofrer, arriscar-se
até o limite de se tornar o mártir. Quanto mais perto do autossacrifício, mais
se é heroico. Então, se superpoderes lhe fazem fugir dos seus próprios
problemas, ao invés de enfrentá-los, tomar decisões, errar bastante antes de
acertar, sofrer as consequências dos erros e até dos acertos, o quanto eles não
lhe distanciariam de fato do heroísmo original? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O <i>“Drama e tragédia” </i>são invenções gregas<i>. </i>Originalmente o primeiro significava
apenas “ação”, num sentido próximo de representação teatral. O segundo seria
uma forma específica desse “<i>Drama</i>” em
que o personagem principal, leia-se “o herói”, lida com um conflito com algo
que está acima de si mesmo, leia-se “o mundo ou a humanidade”. Essas palavras
hoje ganharam muitas conotações diferentes. O interesse de expor estas raízes
etimológicas está em demonstrar como o pensamento de todo o mundo atual,
principalmente no lado ocidental, foi influenciado por esses conceitos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O sofrimento
do herói é inalienável. Um indivíduo tem a opção de deixá-lo, mas se o fizer
perde a condição <i>sine qua non </i>para
ser “herói”. Em outras palavras, uma pessoa precisa aceitar a paixão, o
sofrimento, para agir com heroísmo. Tudo que se sofre tem origens em “desejos”
que não podem ser atendidos ao menos de imediato. Conforme a postagem antiga
deste blog “<a href="http://casadosreisblog.blogspot.com.br/2012/04/o-abismo-entre-sede-e-o-copo-dagua.html">O
abismo entre a sede e o copo d’água</a>”, o desejo decorre de um vazio
interior, esse sujeito que demanda aquilo que um, ou “o”, objeto de desejo pode suprir.
Este vazio teria o nome de “necessidade”. A questão do “querer” é sempre a mais
relevante, pois nela encontra-se a faculdade, o poder de escolha, sobre o
objeto de desejo. Ora, se só existir um objeto de desejo possível, como dar nome à esse tipo de necessidade? O termo mais propício seria "paixão", pois não se pode querer outro objeto em seu lugar, ou abdicar dele de vez, sem perder ou a vida, ou a própria noção de quem se é. Neste ponto é que “paixão” e “herói”
caminham juntos. Isto, pelo menos nesta lógica no mínimo pretensiosa, mas
autenticamente oferecida para entreter antes de informar, estando longe de pretender ensinar
alguma coisa. As perguntas são mais importantes que as respostas, como Confúcio
diria. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Quando você
tem uma paixão, você sabe o que quer. No momento em que você nasceu, seus
pulmões estavam colados. A taxa de oxigenação do seu sangue caia a cada segundo
e o que eram nove meses de conforto e relaxamento dentro de uma bolsa de água
morna tornou-se um momento de absoluta agonia. A reação natural para a qual o
seu corpo foi programado por instinto para o instante em que você entra no
desespero da hipoxia é um espasmo severo do seu músculo diafragma. Você então
inspirou o ar agressivamente para os seus dois pacotes de alvéolos grudados.
Entre o sofrimento agonizante do sufocamento e a dor incomensurável de carne descolando
de carne dentro do seu próprio peito, seu instinto lhe fez escolher sentir doer...
E muito!!! O ar, este com que você nunca houvera tido contato até então, este
que lhe fez sentir frio assim que deixou o corpo de sua mãe, passou a ser em
menos de vinte segundos do seu nascimento o seu objeto de desejo imprescindível.
Para este não há alternativas ou abstenções. Você o quer mais que tudo! Eis a
sua primeira e verdadeira paixão. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Será que todos nós não somos, desde que
nascemos, heróis?<span style="text-indent: 35.4pt;"> </span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-72230908676814846552012-05-07T00:43:00.001-07:002012-05-07T00:43:04.870-07:00Entre os Anjos e os Tolos, o Poeta.<div style="text-align: justify;">
Se há indivíduos que são como Anjos no mundo, estes são os bons artistas. Eles disparam sua influência no ar, com pouco ou nenhum retorno. Não se dão conta do efeito que se desdobrará em cada pessoa de sua audiência. Eles tocam, mexem, comovem, iludem e entretêm, sem interferir nas individualidades diretamente por hipótese ou opinião, sem projetar nada sob a influência de seus desejos ou pressupostos. Eles apenas se entregam à mais pura expressão de sua arte autenticamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não me considero artista. Por vezes, recebi a honrosa alcunha de "poeta", dada por bons amigos com quem tive o privilégio de conviver. Afirmo inexoravelmente então que não sou, não posso ser, não me considero um desses também, consequentmente. Para mim, estes são os sujeitos mais puros da Arte por excelência, pois têm para usar como meio de expressão apenas o mais pobre dos recursos. "O Poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente" - nas palavras de Fernando Pessoa, esse sim, um deles.</div>
<div style="text-align: justify;">
E sou apenas mais alguém que vive entre o "ser tolo" e o "fazer-se de tolo", compreendendo que a diferença entre ambos seja apenas um puro e legítimo "propósito". Só não cesso de me questionar por qual nome deveria ser chamado "um tolo com um propósito"...</div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-77343979752723480752012-05-02T12:48:00.001-07:002012-05-02T12:48:27.456-07:00"Lembrai-vos da Guerra" - (Poema do Cadete Ex Affonso Cláudio Figueiredo)<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Imensa formação de
brancas cruzes,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Desfile mortuário de
fantasmas,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Exótico mercado de
miasmas,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Exposição de ossadas
e de urzes...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Calado e mudo
queda-se o canhão,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Apenas trevas cobrem
a amplidão,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que outrora foi um
campo de batalha...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Calada e muda
queda-se a metralha.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
É morta na garganta a
voz do obus,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O sabre traiçoeiro
não reluz</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Dilacerando,
ensanguentando a terra...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A paz voltou, é
terminada a guerra.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Os heróis tombaram
das alturas,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Os covardes e os
bravos olvidados,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Seus feitos aos
livros relegados,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Nada mais resta,
apenas sepulturas.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
E eu? Quem sou?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Perguntam eu quem
sou?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Pois bem, eu lhes
direi: sou um soldado,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Igual a qualquer
outro que avançou, combateu, foi derrubado.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Cruzes iguais...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Terrivelmente
iguais...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Exército que cresce
mais e mais,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
No festim diabólico
da morte.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Aqui jaz o covarde.
Ali o forte.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Aqui dorme um
estranho. Ali estou eu...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas ninguém sabe como
ele morreu...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Não se lembram do
campo de batalha,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Nunca ouviram o riso
da metralha...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Não sentiram tremer o
corpo inteiro</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Ante o rugido brutal
de um morteiro...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Não viram a cor dos
olhos do inimigo.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Não sentiram o medo
do perigo,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que vos faz desejar a
morte breve.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Nunca sonharam.
Nunca, nem de leve.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas... Nem todos se
esqueceram do soldado</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que está longe, bem
longe sepultado...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mamãe, minha boa mãe,
se tu soubesses</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que tua imagem
adornei com flores,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que tuas flores foram
minhas preces,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Preces colhidas no
jardim das dores...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Minha querida mãe, se
te contasse</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O medo que senti sem
teu carinho,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Um medo horrível de
morrer sozinho.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Medo mesmo que o medo
me matasse...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas deixei meu abrigo
e avancei</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Julgando ver a morte
a cada passo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Ao ouvir o sibilar de
um estilhaço...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Parei... Pensei em
ti... Continuei...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Minha querida mãe se
te dissesse</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que quando
derrubou-me uma granada</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Atirando-me na terra
enlameada,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Foi por ti que chamei
desesperado.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Por um momento deixei
de ser soldado</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
E fui novamente uma
criança</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Sentindo na morte a
esperança</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
De ainda adormecer no
teu regaço.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mamãe. Matou-me um
estilhaço...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Minha querida noiva,
por que choras?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Relembras por certo
as boas horas</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Que passamos juntos.
Só nós dois...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Íamos casar.
Lembra-te?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
E depois... E depois
uma casa retirada.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Cortinas nas janelas
enfeitadas,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Tu me esperando... eu
vindo do quartel...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A nossa casa um
pequenino céu,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Aberto a vinda de um
herdeiro...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Meu sonho, meu sonho
derradeiro,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Foi de beijar-te
antes de morrer.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas ao golpe frio da
granada,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Beijei apenas a terra
ensangüentada.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mamãe, minha noiva,
aqui se encerra</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Uma história de
sangue, esta é a Guerra.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Não chorem. Tudo é
terminado</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Rápido como coisa de
soldado...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas mamãe...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Se novamente a pobre
humanidade</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mais uma vez em busca
da verdade</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Rufar seus tambores
sobre a Terra</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Anunciando mais
sangue e outra guerra,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Se outro filho a
Pátria te exigir,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Sem lágrimas mamãe,
deixe-o ir...</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Embora te destrua o
coração,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Ainda que te alquebre
a agonia</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Por favor mamãe,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Peça a esse irmão,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Para que seja também
de</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
INFANTARIA !!!!</div>Casa dos Reishttp://www.blogger.com/profile/05188921984441670235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-82449058517355551132012-05-01T05:05:00.000-07:002012-05-01T05:20:48.275-07:00O que paixão e sanidade podem ter a ver com vida e morte?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu morava em uma caverna
esculpida em numa rocha com saída direta para o oceano. Da varanda dos fundos
era possível mergulhar ao mar e subir novamente. Rios desaguavam neste tanto
pelo lado esquerdo da residência, quanto pelo direito. Internamente, o ambiente
era iluminado como o de uma casa comum. Havia várias janelas. Os cômodos eram
perfeitamente alinhados e retangulares.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Somente ao
acordar depois na realidade que me dei conta de como era impossível esse tipo
de imóvel existir. A maré engoliria a casa com ondas batendo na porta dos
fundos, inevitavelmente chegando até a porta da frente. Porém, como aquele era
o mundo dos meus sonhos, o oceano era só meu e se comportava de forma bastante
peculiar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Eu estive em
um dos cômodos conversando com meu primo e meu irmão. Estávamos os três sentados
ao chão de tacos envernizados, como fazíamos enquanto crianças na casa de uma
avó hoje já falecida. O assunto era ameno, histórias que eu ouvia meu primo
contar enquanto minha mente estava distraída, desejando olhar pela janela o rio
maior que desaguava forte correnteza no mar. Esta janela ficava à esquerda de
quem encarasse o oceano. Quando meu irmão fez uma pergunta, desviando a atenção
de meu primo, eu me levantei e fui até esta janela. Senti muita vontade de
mergulhar na água ali, mas desisti da ideia. Passou pela minha cabeça que a
água estaria “suja”, por ser do grande rio vindo da cidade, e que a corrente
seria perigosa por ser o ponto de deságue no mar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Fui, então,
até a varanda da parte de trás da casa. A saída do rio à direita era realmente
vinda de uma caverna e passava exatamente ao lado, quase ao nível do chão de rocha.
A correnteza era forte, mas não chegando a ser turbulenta. Minha vontade de
entrar na água era imensa. Desci sem mergulhar pela frente da varanda e senti a
água me envolver da forma agradável que eu desejava. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Fiquei poucos
instantes aproveitando. A correnteza começara a me puxar suavemente, tendendo a
me levar cada vez mais para frente da saída do rio da caverna. Dei dois
impulsos fortes e me segurei em um vinco da própria rocha da varanda. Era uma
pedra lisa, difícil de segurar. Puxei meu corpo e consegui com dificuldade me
encostar à rocha, mas ainda sentia a correnteza querendo me levar embora. Olhei
então para trás vi a paisagem da costa, por onde provavelmente flutuaria à
deriva se me soltasse. Era uma imagem que marquei no mundo real da vista da
costa da Ilha Grande no Rio de Janeiro, observada do canto esquerdo da praia de
Lopes Mendes, ou do mar, em frente ao vilarejo de Dois Rios. Naquela direção
ficariam a Praia de Santo Antônio e, em seguida, Caxadaço, Parnaioca e
Aventureiro. Não era possível ver estes lugares, mas apenas o relevo montanhoso
com sua forma inigualável, e saber o que ficava lá. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Depois de
lutar para ficar agarrado à rocha e para conseguir subir de volta à varanda, eu
despertei aqui na Freguesia de sempre, madrugada no mundo real, com a impressão
segura de que aquilo que eu lutava contra seria na realidade a minha própria vontade
de deixar a corrente me levar embora. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Já vivi
situações em que estive nadando em correntezas difíceis de sair, sem metáforas.
De todas elas saí nadando. Em todas quase morri afogado. Em apenas uma delas
entrei por acidente, nas demais para tirar algum imbecil se afogando da água.
Estar em uma correnteza sendo levado é uma sensação aterrorizante. É uma luta
contra o desespero estimulado por ver a costa se afastando e contra a vontade
que isso gera de acabar com as próprias energias nadando contra a corrente.
Desesperar-se e exaurir-se são as receitas infalíveis para a morte. Se eu não
morri, já que neste parágrafo não relato mais sonhos, é por que nadei na
direção certa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O mais
interessante é que em todos esses casos reais não houve glória. Se você se
imagina salvando alguém de se afogar, muitas vezes se vê como herói, com
pessoas te aplaudindo, o imbecil que se afogava te agradecendo... Nunca vi
isso. Todas as vezes que tive de agir para evitar com que um mané desses se
afogasse, foi porque era em um horário e lugar que não havia ninguém mais para
ajudar. Era eu ou Iemanjá que puxaria o grande babaca, para terra ou para o
fundo! Pessoas se afogando são engraçadas. Elas deliram como se acreditassem
que já morreram. Dá vontade de bater nelas. É irônico ao ponto de eu pensar se
elas não estão tentando “chorar no próprio enterro”. Deixa isso pros vivos. Se
a morte te sorri, dê-lhe uma gargalhada na cara de volta. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Uma vez você
larga a carga na areia e chama alguém do posto salva vidas mais próximo. O “bundão”
nem sabe que você existe. Outras, você nada até uma menina, conversa com ela, distrai,
oferece a prancha para ela descansar e nada empurrando um corpo da vala para o
banco de areia. Ela não te agradece: “pede desculpas”, pois você alertara a ela
e ela deu de ombros. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A pior das
vezes é a de você estar com amigos no fim da tarde na praia, um deles, imbecil
claro, não sabe nadar direito e cai na mesma situação da menina. Entre sete
pessoas, um apenas tem uma prancha de <i>bodyboard</i>
e um par daqueles pés de pato específicos para a prática. O que acaba
acontecendo é que os pés-de-pato ficam um pé com um, outro com o outro. A prancha, com o dono. Você, sem nada em princípio. Quando o idiota cai na vala, ele
é um dos que está com um dos pés-de-pato. O da prancha está na areia. Por
sorte – ou azar – o outro cara com o outro pé enjoa de brincar na água e lhe
passa o seu. Você já alertara o idiota que já está na vala e ainda não percebeu
para voltar várias vezes, mas você é um chato, claro! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Quando você
termina de calçar o pé-de-pato, o imbecil te chama: “Pô, me dá uma ajuda aqui!
Tá foda! Não to conseguindo voltar!” – Um pedido de socorro cheio de vergonha.
Filho da ... mãe! Lá vai você entrar na
vala, uma correnteza do “car....!!!”, para do lado do cara e começa a
conversar, estudando a situação e explicando o que teríam de fazer. Logo você
nota que o cara tá morto de cansado e precisa decidir falar para ele ficar
quieto, boiando se puder. Você acena para a areia para o outro entrar com a
prancha. Demora um pouco para que te entenda, mas depois de um tempo ele chega.
O quase afogado sobe na prancha para ir dividindo esforço com o que veio. O
tamanho do pé-de-pato que está com você é menor do que seu pé. Você já o usou o
suficiente para ficar com câimbras na panturrilha respectiva, além disso, julga
que esses dois terão melhores chances de sair se estiverem com mais um
pé-de-pato. Com uma prancha é bem mais tranquilo nadar para o banco de areia.
Logo você os vê saindo a pé da água. Quem ficou na vala? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Parece um
problema de matemática, mas é uma situação crítica: “Sem pé-de-pato, na vala,
sem perna direita por causa de câimbra”. Imagine-se dando braçadas em um ângulo
inclinado para fora da costa, tentando aproveitar a correnteza, dando olhadas
para a areia para ver se alguém te nota, pensando em pedir socorro para si
mesmo. Depois de vários minutos, já fora da arrebentação, você vê os seis
pontinhos distantes “jogando bola” com chinelos enquanto você luta com a morte!
Quando você se dá conta de que não tem ninguém mais prestando atenção em você,
que não há outra opção senão lutar para continuar respirando, você fica
perfeitamente focado. No mar, ali, você decide e conclui que se não se
desesperar, pode ficar horas dando braçadas e, se quiser, pode boiar até morrer
de hipotermia. Só o desespero poderia te matar afogado mesmo. Nesse processo,
você chega a um ponto onde consegue entrar em uma bela onda pega desde a base,
fora da arrebentação. Cruza uma bela distância com ela até sentir seus pés
tocarem o chão do banco de areia. A câimbra paralisa de vêz sua perna direita,
mas você manca até a praia feliz. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Ao chegar,
você se joga na areia perto de onde os amigos jogam bola. O
imbecil que te fez passar pela experiência toda ainda pergunta: “tá na de fora?”.
Você gentilmente murmura, com a cara na areia, os braços latejando: “não,
valeu!”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Como não é irônico
sonhar com “a vontade de deixar o mar me levar”, por mais que tenha a ver na
verdade como se deixar levar “pelas emoções”, “paixões” e “beleza” na verdade.
Eu realmente amo o oceano! Não o temo, mas o respeito, pois sei que ele
infinitamente maior do que eu. Quase morri e vi morrer mais de uma vez nele,
sem metáforas. Paixões não matam. Deixam apenas a sanidade comprometida por alguns
instantes, o suficiente para que você queira lutar contra a morte se ela bater à
sua porta. Morrer de amor é um paradoxo, uma mentira contada pelos poetas, os
únicos que têm legitimidade para fazer isso! Amor é algo que faz alguém viver
dignamente, pois apenas se é possível viver com dignidade, não morrer com ela. Não
há beleza na morte, apenas frio, decadência e saudade. </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-33642359505945367272012-04-24T12:13:00.001-07:002012-04-24T12:16:12.667-07:00O abismo entre a sede e o copo d’água<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“O paciente está laranja!”<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Paciente</u></b> – Eu estava jogando golfe e senti meu pescoço
travar. Quer dizer: doeu um pouco, mas eu continuei jogando. Na manhã seguinte
eu mal conseguia levantar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dr. House</u></b> – Bem, você está sorrindo, então eu presumo que
significa não ser coisa séria. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i>House retira do bolso um tubinho de
medicação e toma um comprimido.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Paciente</u></b> – O que é isso? O que está fazendo?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dr. House</u></b> – Analgésicos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Paciente</u></b> – Ah! ... para a sua perna.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dr. House</u></b> – Não, é porque são saborosos...! Quer um? Vai lhe
fazer sentir as costas melhorarem. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>House entraga um comprimido ao paciente, que
o ingere de imediato.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dr. House</u></b> – Infelizmente, você tem um problema mais
profundo: “Sua esposa está lhe traindo”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Paciente</u></b> – O quê!? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dr. House</u></b> – Você está “laranja”, seu imbecil! Isso é uma
coisa para que você note, mas se sua esposa não captou o fato de que seu marido
mudou de cor, ela simplesmente não está prestando atenção!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(...) </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A propósito: você consome apenas
uma dose ridícula de cenouras e polivitamínicos. As cenouras deixam você
amarelo. A niacina, vermelho. Pegue umas pinturas a dedo e faça as contas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
... e contrate um bom advogado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(House MD (2004) – S01E01 – Episódio
Piloto)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A
falta de atenção ao outro não só acaba com casamentos, mas destrói economias e
desencadeia guerras sangrentas. Para que prestar atenção? Ora, a forma mais
profunda de agredir alguém é tratar esta pessoa como se ela não existisse! Com esta
conduta não se está simplesmente comunicando à outra pessoa o quanto ela não
tem valor, está se demonstrando isso de forma evidente e contundente a ela. Em
um ambiente em que nenhuma pessoa presta atenção à outra, as pessoas estão
sempre preocupadas em conseguir o que querem. Parodiando os próprios personagens
de David Shore:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dr. House</u></b> - “<i>Bem, como
o filósofo Mick Jagger disse: "Você nem sempre consegue o que quer(...)".<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Dra. Lisa Cuddy</u></b> – “(...) <i>mas</i>
<i>se você tentar, às vezes, você
simplesmente descobre que pode conseguir o que precisa”. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Certo
camarada bem importante do mundo do <i>Marketing</i>
costuma escrever em seus livros acadêmicos que há uma diferença muito bem
definida entre “Necessidade” e “Desejo”. Em sua explicação ele define o
primeiro termo como sendo primário, basicamente um “vazio” que precisa ser
preenchido, mas que não tem forma <i>a
priori.</i> O segundo termo seria aquilo que “possui uma forma que pode se
encaixar” e preencher este “vazio”. Os colegas do <i>Marketing</i> trabalham para criar “desejos”. As “necessidades” já existem nas pessoas
naturalmente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nestes
termos tudo soa muito óbvio. Uma pessoa sente sede. Qualquer líquido hidratante
pode suprir esta necessidade. Se o ser humano fosse uma máquina e só precisasse
de uma coisa de cada vez, “água” seria o objeto mais apropriado a oferecer. A
sede é a necessidade. A pessoa desejaria água pura, simplesmente. Porém existe
aquela pergunta prática: “Por que não matar a sede com refrigerante, água de
côco, sucos de fruta etc.? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A
confusão começa neste ponto. O fato é: apenas água hidrata. Quer dizer que
refrigerante “não mata a sede”? Claro que “mata”! Há água no refrigerante! Quem
o bebe estará sempre de alguma forma se hidratando. Deixem-se de lado as
questões de preferências e saúde. Quem quiser substitua <i>refri</i>gerante por <i>água de côco,
chá, isotônicos etc. </i>O exemplo continua valendo. Qual é a necessidade
especificamente? Seria a água? De forma alguma! A resposta apropriada seria “somente
permanecer hidratado”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Este é o
exemplo mais simples possível e já tem enorme potencial de causar confusão.
Imagine se as necessidades forem mais de uma ao mesmo tempo. Imagine se muitas
delas forem abstratas como “aceitação social”, “autorrealização”, “autoconfiança”,
“expressão pessoal” etc... Sim, coisa realmente começa a ficar complexa no
mundo real. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
No dia a dia,
as pessoas sentem suas respectivas necessidades e são estimuladas por diversos
tipos de objetos de desejo. Cada um destes oferece quase sempre o atendimento
de mais de uma dessas ao mesmo tempo. Basta pensar que a “água gelada” num dia
de calor é mais desejada em média que a “água à temperatura ambiente”. Uma
coisa é se hidratar, outra é se “refrescar” – ou “sentir-se reconfortado pelo
frescor”. Identificar as próprias necessidades claramente é muito difícil e já requer
muita prática. Classificá-las e decidir quais delas são as prioritárias é ainda
pior, pois elas mudam conforme o contexto em que se está. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Não há como
influir sobre o que se necessita. Só há escolha quanto ao que se deseja, quanto
ao que se “quer”. Porém, se não há uma identificação precisa das necessidades,
das prioridades entre elas, acaba se reagindo ao estímulo dos objetos de desejo
inadvertidamente. Na prática, é como “sair para comprar pão e voltar para casa com
um bilhete de loteria”. Diz-se muito por aí que “é um problema quando uma
pessoa não sabe o que quer”. Talvez esta crítica esteja mal formulada. Quem
sabe o problema mesmo não seja “a pessoa não ter claro para si mesma o que
precisa”?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Querer é
simples. Basta andar em um S<i>hopping Center</i>.
Basta assistir comerciais de TV. Basta andar nas ruas, ver pessoas, imagens,
estímulos etc. Entretanto, o que é prioritário? O que é mais importante? O que
será importante em breve e em nem tão breve? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As
ações de marketing relativas principalmente à “promoção” estimulam os
consumidores a acreditar que estão levando mais satisfação de necessidades por
menos “preço”. Os colegas da área gostam de chamar isto de “percepção de
valor”. Quem gosta e trabalha com vendas muitas vezes se mostra fiel a ideia de
que todos precisam de tudo em algum momento, bastando para isso se manter
próximo para oferecer o “produto certo”, no local, momento e preço adequados.
Essa maneira de pensar é ótima para quem vende, mas se tomada ao extremo pode
haver um efeito negativo à longo prazo para quem compra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não
é simples perceber, compreender, classificar e priorizar as próprias
necessidades. Se fosse simples, não haveria coisas como “dilemas éticos”,
“disputas de egos”, talvez nem mesmo “corações partidos” ou até a palavra
“amor”. É possível ir longe mesmo com essas ideias. Uma pessoa precisa
amadurecer para lidar bem com a variação e instabilidade de suas próprias
necessidades. Esse amadurecimento se dá como qualquer processo de aprendizado:
depende de desafios, ambiência, intenção e prática, muita prática! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O
profissional de <i>Marketing</i> não tem
como e não vai se preocupar jamais com como seu possível cliente gere as
próprias necessidades. Na realidade, se puder, ele mesmo vai determinar o que é
prioritário para você! Nesse momento é que a ação<i> </i>promocional desta área pode executar uma conduta imoral. Basta
imaginar o conto do “João e o pé de feijão”: o menino sai de casa para vender
uma vaca e comprar mantimentos, mas volta com três feijões mágicos. No conto de
fadas os feijões são mágicos e a estória termina com prosperidade e ovos de
ouro. Na vida real, isso se chama “fraude”. Se trocar sua vaca por três feiões
verdes, sua família morre de fome.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este
exemplo é extremo demais. Não é preciso haver ma fé objetivamente para que o
problema se dê. Suponha-se que uma mulher solteira, com seus 32 anos, bem
sucedida e bonita caminha em um <i>Shopping
Center –</i> mais uma vez – pretendendo comprar um vestido para usar em um
casamento. Ela entra diretamente na loja e, para simplificar a explicação,
começa a analisar o acervo até ser abordada pela vendedora:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Vendedora</u></b> - Bom dia, posso ajudar?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Consumidora</u></b> - Sim, gostei desse. Vou experimentar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Após vestir-se, a vendedora aborda novamente:<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Vendedora</u></b> - A senhora tem muito bom gosto. Este vestido lhe
caiu perfeitamente. É para alguma ocasião especial?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Consumidora</u></b> - Sim. Vou ao casamento de uma amiga.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Vendedora</u></b> - Que ótimo! Acredito que a senhora acharia estes
sapatos e este colar perfeitos para combinar com o vestido. Eles compõem nossa
nova coleção. A senhora não acha linda esta combinação? Este ano nossos
estilistas arrasaram.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Consumidora</u></b> - Sim. Realmente o conjunto é lindo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Vendedora</u></b> - Se a senhora desejar levar todo o conjunto,
podemos oferecer condições especiais de pagamento parcelado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>Consumidora</u></b> - Quanto custa o conjunto e quais são as
condições de pagamento?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A
história termina como qualquer outra normal. A mulher compra vestido, sapatos e
colar, embora só tenha saído para comprar um vestido. Ela agora tem mais um par
de sapatos e mais um colar. Não há problema algum em ter a coleção completa.
Certamente isso atende a um conjunto de necessidades ligadas a aceitação
social, autoconfiança etc., mas será que dentro de um orçamento restrito essas
são de fato as prioridades dela? Será que o dinheiro a mais alocado nas peças
além do vestido não deixou de sê-lo em algo que ela poderia considerar mais
importante?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Neste
momento é que entra o famoso “não saber o que se quer”. Isso sempre será
difícil para qualquer um. No mundo dos negócios, quem não sabe o que deseja “é
ajudado a tomar uma decisão que é <i>boa</i>
para si mesmo”. Muitos entendem esta frase coma a mais pura definição de “venda”.
O que difere isso de manipulação? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para
que isto não ocorra, quem vende poderia antes ajudar a pessoa a entender o que
“necessita”, antes de lhe apresentar um objeto de desejo. Os profissionais
vendedores dirão que “assim se vende menos e se lucra menos”. Eles têm toda
razão em seu ponto de vista prático, determinista. É realmente fato que a
vendedora poderia ter deixado de vender um colar e um par de sapatos, gerando
menos resultado. Entretanto, a mulher que comprou o conjunto pode vir a se ver
privada de satisfazer uma necessidade mais prioritária em breve, lembrando-se
que poderia ter aberto mão dos itens para os quais tinha alternativas menos
onerosas. Caso a compradora ligue sua frustração futura à capacidade de
influência da vendedora, poderá ficar chateada e não voltar mais à loja. Porém,
até isto é muito improvável! O que acontece na maioria das vezes é a própria
consumidora se autocriticar e continuar vivendo a mesma situação
periodicamente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No
ponto de vista da loja e do crescimento o negócio, não há argumento contra. É
possível provar matematicamente isto. Manipular o cliente até certo ponto dá
lucro e não influi significativamente em perda de participação de mercado. Entretanto,
a crítica cabe em outro nível: “O da sociedade como um todo”. Se todos os
vendedores de todos os negócios possíveis se preocuparem em ajudar os clientes
a compreender e classificar suas respectivas necessidades, estes vão ser mais
precisos no uso de seus recursos para obter exatamente aquilo que precisam. Isto
significa que todos indistintamente ficarão mais satisfeitos, lembrando que
quem vende também é comprador. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É
absolutamente impraticável este comportamento ser executado espontaneamente por
um negócio que se executa em um mercado competitivo. A forma mais adequada
seria uma regulamentação apropriada das práticas de negócio pelo próprio
governo. Porém, isto seria também deveras complexo. Não haveria leis que
resolvessem ou mesmo que pudessem ser fiscalizadas diretamente em seus
cumprimentos para garantir que o comprador não seja manipulado. A proposta
então a dar seria outra. Uma que sempre ganha adeptos no Brasil: investir em
educação. Não significa alocar verbas simplesmente. O objetivo a alcançar seria
prover o “consumidor” de competências individuais que lhe permitissem contraconduzir
a manipulação que lhe fosse tentada. Significa instruir o consumidor a
questionar e, melhor ainda, a “se” questionar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em um ambiente
mercadológico no qual todos que consomem são conscientes no nível idealizado
aqui, os próprios negócios serão obrigados a mudar a forma como se dão. A
mulher solteira de trinta e dois anos começaria perguntando à vendedora “por
que eu preciso desse sapato?”, “ajudando-a a ajudar” sua cliente, não a
realizar uma venda simplesmente. Quem sabe também, um homem de negócios com a
pele cor de laranja não precisasse ir ao médico para ser informado de que sua
esposa estaria lhe traindo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM4BFE1O8txFhISsyUNGSdb2gbvy2O9wSXn3GcycARulYopXYcX-Zl1uW6AbmHWOGaNI8WGTst7grjgGH425PKY29jgRsMprwLp8GlYRg44h0-UKFkcUg1iFdPX0FPnLjxs2bHIOHEPkli/s1600/You+can't+always+get+what+you+want!.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM4BFE1O8txFhISsyUNGSdb2gbvy2O9wSXn3GcycARulYopXYcX-Zl1uW6AbmHWOGaNI8WGTst7grjgGH425PKY29jgRsMprwLp8GlYRg44h0-UKFkcUg1iFdPX0FPnLjxs2bHIOHEPkli/s320/You+can't+always+get+what+you+want!.jpg" width="293" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="http://dc306.4shared.com/img/175971896/80423794/dlink__2Fdownload_2Fmxvebr5n_3Ftsid_3D20120424-190554-72e2336e_26dsid_3D1fs6qo.1b0bb8058e80914bb7f660cb7babae3b/preview.mp3" target="_blank">You can't always get what you want, but if you try sometimes, yeah, you just might find you get what you need! (Rolling Stones)</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02690066081008146083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-91965732767938424122012-04-20T14:12:00.001-07:002012-04-20T14:17:59.816-07:00Aventureiro adora contar história...<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><u>"O Caminho Não Percorrido"</u></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;">"Dois caminhos divergiam num bosque amarelo</span></span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Triste por não poder seguir os dois</span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">E por ser apenas um viajante, segui</span></div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Um deles o mais longe que pude com o olhar,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Até o ponto onde ele se perde no mato.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tomei o outro, que me pareceu mais belo,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Oferecendo talvez a vantagem</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">De uma relva que se podia pisar,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Embora o estado de ambos fosse o mesmo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">E naquela manhã eles fossem iguais</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ambos estavam sob relvas que nenhum passo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Enegrecera. Oh, deixei</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Para outra vez o primeiro!</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;">Mas como sabia que ao caminho se juntam</span></span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os caminhos, duvidei que um dia voltasse.</span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Hei de contar isso suspirando,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Daqui a muito tempo, nalgum lugar:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Dois caminhos divergiam num bosque, e eu</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Segui o menos trilhado,</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;">E foi o que fez toda a diferença."</span></span></div>
<div style="font-size: x-large; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="font-size: x-large; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">(<a href="http://lc4.in/ybfw" target="_blank">Robert Frost - 1916</a>) </span></div>
<div style="font-size: x-large; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Na vida, não temos como saber qual o melhor caminho a seguir <i>a priori. </i>Nossas decisões em sua maioria podem bem não passar de palpites aleatórios e infundados. Que mania que a gente tem de se auto-enaltecer...!? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Gosto desse poema, mas acho importante considerar que na realidade não importa aonde é que vai dar cada caminho, mas o espírito aventureiro para aproveitar a "exploração" enquanto se tenta seguir rumo ao azimute. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Que mal há em querer contar "que escolhemos o caminho menos trilhado", como se fossemos herois, depois que vivemos muitas aventuras. Quero mais é que meus futuros netos me escutem com os olhos brilhando e se inspirem em minha vontade de viver! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtAXyvvGv1xKv7du7Bd-1dj5YRk5XsG3kEHgIPgnogiTRJ96zl_y8iIjyGbFVk5mBKAGt1AYjgEuqzTME2MGhPD7mBGcWiYyvSGmh4NZg3A6vHUTNfX1ud6XxmqRDhD8JGQ54sjsL792Yi/s1600/O+Caminho+N%C3%A3o+Percorrido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="108" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtAXyvvGv1xKv7du7Bd-1dj5YRk5XsG3kEHgIPgnogiTRJ96zl_y8iIjyGbFVk5mBKAGt1AYjgEuqzTME2MGhPD7mBGcWiYyvSGmh4NZg3A6vHUTNfX1ud6XxmqRDhD8JGQ54sjsL792Yi/s400/O+Caminho+N%C3%A3o+Percorrido.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div>Casa dos Reishttp://www.blogger.com/profile/05188921984441670235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-228793551260511128.post-44144813083436021422012-04-18T16:40:00.000-07:002012-04-18T16:40:57.265-07:00May be I live it allLet's be come'n getters<br />
Unbinding all matters<br />
for our child's sheltters<br />
to future weathers<br />
<br />
Since that last bell chime<br />
Fortune runs it's dimes<br />
going forth in lines<br />
so as in meantime...<br />
<br />
you come set me free,<br />
go to leave me be,<br />
or strive to claim me!<br />
<br />
By the terms of now<br />
When hearts seem to crawl<br />
To "may be" I "live" all.Casa dos Reishttp://www.blogger.com/profile/05188921984441670235noreply@blogger.com0