Bella.
Bella morava em uma casa pequenina, no meio de uma
floresta encantada. Ela passava os dias sempre sozinha.
Andava, caçava, comia e mais nada.
Foi quando então num belo dia comum, depois de um passeio
para colher frutas comuns, andou, andou, voltou e sua casa
tinha sido encendiada. Olhou, berrou, chorou, mas de nada
adiantava. O fogo apenas cinzas deixou e o vento então delas
se encarregava.
O que fazer, Bella pôs-se a perguntar?
Mas para onde iria se a casa que conhecia era seu unico
lugar?
Bella, pensou, pensou, olhou e partiu.
Qualquer destino é caminho se não sei para onde estou indo,
pensou.
Depois de muito andar ela encontrou uma casa pequenina.
Aquilo era muito estranho, pois era uma casa igual a sua. O
jardim era igual ao seu. As luzes, lá dentro, estavam acesas.
Então no terreno pequeno ela adentrou. Caminhou devagar
até a pequenina janela. Lá dentro havia móveis iguaizinhos
aos dela, arrumadinhos, assim como os dela.
Numa poltrona, ao fundo, encostada na parede, havia uma
pessoinha pequenina. Os cabelinhos eram loirinhos e
penteados assim como os dela. Os sapatos vermelhos com
tiras prateadas eram como os dela. Ela lia um livro de capa
vermelha, assim como o dela.
Bella olhou, parou, franziu, e ficou perplexa. Era ela
a pessoinha, sentada ali sozinha do outro lado da janela.
- Mas como posso eu estar lá, se me vejo de cá, sendo-me
claro assim saber que eu estou aqui?
Bella achou que aquilo tudo era coisa macabra. Enquanto
observava, a menina la de dentro resolveu se mexer. Bella
ficou assustada e assim, então, resolveu se esconder. Foi para
uma moita qualquer, junto a cerca do jardim. Assim, sem
nem um pio sequer, observou o que viria a seguir.
A mocinha lá de dentro saiu pela porta. Ela levava uma
cestinha para frutas assim como a de Bella. Caminhava
saltitante assim como Bella.
Depois de alguns minutos. Quando a menina já havia sumido
pela floresta, Bella levantou e ateou fogo àquela casa casa
para depois fugiu desesperada.
Depois de algum tempo, depois de muito andar por entre as
árvores, chegou bem perto de uma clareira. Olhou de longe e
vou denovo outra casinha, igual à que acabara de colocar
fogo, igualzinha à sua casa original. Na porta desta estava
outra menininha, olhando absorta através da janelinha, assim
como ela fizera antes de atear fogo nos pés da sacada. Bella
então correu e gritou até quando a menina da janela virou e a
olhou, até quando a outra menina saiu de dentro da casa.
Todas então se olharam, umas nos olhos das outras e não
viram nada. Tudo que sabiam, tudo o que viviam naquele
instante se dissipava. O tempo passou e elas três ali ficaram
paradas se olhando eternamente. Assim, mesmo quando a
morte as tocou, seus olhares não mudaram. Mesmo depois de
eras, elas permaneceram ali intactas. Ficou então assim
escrito que aquela que era três vezes Bella perdeiria a noção
de si mesma quando pudesse ver em seus próprios olhos a
sua verdadeira beleza.
Um comentário:
"Qualquer destino é caminho, se não sei para onde estou indo..."
GOSTEI. Bjs.
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