Procuro-te nesta imensidão escura e vazia
Nessa busca tão desesperada e sofrida
Aqui onde minha voz não pode ser ouvida
Desfaz-se meu amor na mais pura agonia
Esforço-me em vão pois aqui força não cria
Nem na voz do trovão ou no fio da espada
Nem na dobra do tempo, ou gênio ou magia
Pode ser ferido este deserto de nada
Neste lugar pleno e distante da alegria
Eu sou pura sede, desejo, sofreguidão
Mesmo mestre do tempo, da luz, taumaturgia
Sou inútil, sem valor, embora ainda são
Pois viva e intrépida, em limbo celestial
Reza minha alma serena, bela e imortal.
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