sábado, 31 de março de 2012
Agressividade sendo conduzida à Eficácia!
sexta-feira, 30 de março de 2012
O contraponto "ante-crítico"
quinta-feira, 29 de março de 2012
Reflexão sobre conflitos e crescimento.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Reflexão sobre Amor e Compromisso
Uma canção celta que gostei muito de ouvir no arranjo e voz de Cecile Corbel me fez pensar sobre a diferença entre Amor que se diz sentir e o Amor que se entrega deliberadamente. Em meu pensamento, entendo o primeiro como o do conto de fadas, o do sofrimento, da tragédia e do preço que se paga pelo êxtase infinito de ser correspondido. Este Amor cria beleza e fantasia, ao mesmo passo que cria paixão, dor. Ele não serve para criar vida e alegria. O próprio Platão escreveu, dizendo que era mais uma discussão do Sócrates sobre futebol, dizendo que o Amor não é justo e bom. Curioso ele dizer isso...
Se me perguntarem sobre este Amor, eu julgo apenas como algo que torna a vida mais interessante. É um fator de desafio. Sem ele, depois que se resolve dez mil problemas de lógica, o resto das pessoas do mundo passa a não interessar. Acho que a gente acaba por se tornar um misantropo, ou no sentido sexual, misândrica ou misógino. Sem este, então, não “rolaria sexo” e nem humanidade.
Voltando para a canção de origem celta, vou citar o refrão a que me refiro, para que se note o quanto ele soa romântico ao extremo à primeira vista:
Till a' the seas gang dry, my dear
And the rocks melt wi' the sun
I will love thee still, my dear
While the sands o' life shall run.
Até que os mares sequem, meu querido
E que as rochas derretam com o sol
Eu ainda te amarei, meu querido
Enquanto as areias da vida puderem correr
Ao ouvir a música inteira e perceber que há muita alusão ao mar, a uma viagem que o personagem para quem esse amor se destina fará sem previsão de retorno, comecei a pensar: Isto não pode ser um sentimento simplesmente. Não o da moça destes versos. Isso soa mais como um compromisso!
Sabe aquele papo cristão de “na alegria e natristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te por todos os dias de minha vda”?
Olho bem de perto e concluo: “este é o juramento pessoal que estabelece a criação da instituição do casamento na cultura cristã.”
Ora, um juramento é um compromisso que se assume. Então, começo a pensar que poucos entendem de fato o que Vinícius de Moraes diz no "Soneto da Fidelidade". Todo mundo adora repetir os dois últimos versos:
“Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”
Mas pouca gente lembra, que dirá explica os dois primeiros:
“De tudo ao meu amor, serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto...”
Ele coloca uma coisa em função de outra, e numa ordem irreversível:
Antes o compromisso, depois o sentimento.
Antes o dever da entrega, do zelo, depois permitir-se vivenciar o fenômeno.
Primeiro amar, ação efetiva, depois Amor, sentimento sublime!
O compromisso é o primeiro ato virtual de entrega quando se quer fazer algo acontecer, quando se quer produzir algo, instituir algo... Hoje em dia costumamos fazer isso por contratos, com direito a cláusulas de rescisão e a vícios redibitórios.
O compromisso de amar é um ato moral apenas. É essencialmente um juramento mesmo. Acho que deve ser esta a razão de uma “jura” ter código próprio. É um “salto de fé”, tipo filosófico clássico. Desta vez não sei dar nome ao pensador. A assinatura que você coloca no papel na Igreja ou no cartório, a ratificação do padre ou juiz de paz, as testemunhas, o anel que você coloca no dedo do outro(a), nada disso vai dar verdadeira fé ao seu ato ali. O compromisso é seu apenas: “Entregar tudo o que está contigo, mas que pertence àquela outra pessoa”.
terça-feira, 27 de março de 2012
Um belo dia, em Botafogo...
Numa certa noite no de Janeiro, no lado direito da Enseada de Botafogo, um rapaz saía do trabalho tarde e vinha caminhando tranquilamente para cruzar o viaduto Carlota Joaquina. O dia tinha sido difícil. Ele tivera desapontamentos no trabalho, notícias ruins, dúvidas pessoais, tudo isso em um momento de crise de perspectiva de vida. Algo pelo quê a maioria das pessoas passa quando é jovem e que muitas ainda passam depois de velhas.
Caminhava equipado com um headphone plugado ao seu aparelho de MP3. Ouvir sons lhe fazia bem. Sua mente ansiosa parecia se ocupar e imaginar diversas coisas livremente por sobre aquele estímulo agradável. Mesmo assim, ainda prestara atenção à quantas pessoas passaram por ele, sobre a atitude de cada uma, sobre o que estavam fazendo e, mesmo com o som ligado, sobre o que algumas por quem passou perto o suficiente estavam conversando.
Na saída do prédio, dois funcionários do departamento do sétimo andar reclamavam da gerente, fumavam e diziam que deixariam algum problema específico estourar. Parados ali, relaxando com baforadas e desabafos, transitavam desde costas curvadas e tensas até um estalo de coluna de indiferença.
Mais a frente no caminho, um táxi chegava e uma executiva de meia idade e saltos desconfortáveis vinha falando ao celular. Não eram precisas palavras para notar que ela estava zangada e que, pela postura e gesticulação, mudando da formalidade de quem deseja comunicar seu status para um sequestro emocional típico, provavelmente falava com alguém com quem mantinha relação pessoal. Provavelmente era canhota e, ao entrar no carro, após jogar agressivamente sua bolsa no banco do taxi, foi possível notar a marca onde antes havia uma aliança. Bastava observar a mão que segurava o telefone ao ouvido esquerdo.
No outro lado da rua, três pessoas desciam por uma viela, com foco típico de quem quer chegar em casa o mais breve possível. Após andar um pouco mais, havia alguns taxistas esperando corridas advindas de chamadas da central. Um deles fumava e reclamava da política do país. Em frente a eles, estava um segurança desatento à entrada de uma clínica, nitidamente esperando por uma chance de se sentar. Pelo vidro desse lugar, era possível ver uma senhora de vestido simples estampado, conversando com uma atendente oculta pelo balcão da posição de onde se olhava. Eram quatro taxis no ponto e treze carros parados no estacionamento do outro lado da rua.
Pouco mais a frente, depois da entrada de ambulâncias, ficava outro tipo de clínica, mas que só funcionava durante o dia. Estava escura e deserta. À frente, somente o viaduto Carlota Joaquina.
O rapaz, processando tudo o que foi descrito com muito mais detalhes, percebeu que após cento e cinquenta metros, do outro lado do viaduto, estavam três pessoas sentadas à grama, encostados a uma parede de rocha. Mais a frente, um largo espaço de calçada, rua, carros passando e nenhuma pessoa visível pelos próximos duzentos metros. Somente ele as notara.
Seu foco ajustou-se aos três. Desligou seu aparelho de MP3, mas o manteve equipado, como se ainda estivesse ouvindo. O solo até o centro do viaduto é de cimento. Em determinada posição havia uma falha, um buraco quebrado no chão de pedra. O corrimão de ferro a dois passos depois da falha estava amassado por uma batida leve de carro de algum outro dia. Por isso, estava mais baixo. A avenida abaixo da ponte é uma estrada de alta velocidade. Da ponte até ela, são pelo menos uns quinze metros de altura até o asfalto. Os três indivíduos estavam sentados, descalços, dois deles usando camisas largas e sujas. O outro era aparentemente mais jovem e estava sem camisa.
Ele não leu seus rostos. Sabia por que estavam ali. Num instante, toda a sua revolta com sua vida encontraram o que lhe pareceu uma válvula de escape. Anos de prática marcial, noções de inteligência estratégica, a leitura do ambiente, peso e altura, vícios de equilíbrio, nível de atenção, tudo sob seu controle. O tempo estava caminhando em câmera lenta para ele. Todas as frustrações canalizadas para uma única intenção. Algo que simplesmente não lhe surgira em palavras, mas como uma escolha pura. Eles só precisavam formalizar suas ameaças no lugar certo, exatamente aonde ele os conduziria a ir. Eles estavam à sua mercê antes mesmo de o perceberem.
Ele viu, pensou, imaginou tudo isso sem parar seus passos sequer por um instante. Quando chegou à beira da ponte, do lado oposto aos três indivíduos, foi notado. Os três se levantaram. Ele dissimulou estar distraído com seu MP3. Suas mãos em seus bolsos. Apenas o mais alto dos três começou a andar na direção dele. Os outros dois ficaram lá parados esperando. O rapaz, ainda com a cabeça baixa, fixou seus olhos nos pés descalços de seu alvo. Calculou a velocidade que precisava para fazer coincidir o encontro dele com o outro sobre a falha no chão. Esse outro, magro, 1,85m de altura aproximadamente, pisando distribuindo peso maior sobre o pé direito, mexeu com a mão esquerda por baixo da blusa, olhou para trás, tornou a se virar e começou a caminhar com passos firmes, tentando assumir uma atitude intimidadora. Um ônibus, vindo em velocidade constante do aterro do Flamengo à distância passaria abaixo da grade amassada dentro de quatro passos do rapaz.
No momento da abordagem, o alvo com o pé esquerdo na falha, o ângulo exato para controlar os movimentos do braço de uma possível arma de fogo ou branca, linha de impacto na altura do quadril alinhando com o corrimão amassado, o rapaz levanta lentamente a cabeça para ouvir o que aquele que somente precisava legitimar sua condição de agressor tinha a dizer.
Aconteceu antes que ele pudesse terminar a típica frase dos assaltantes cariocas: “perdeu playboy! Passa tu...” Neste momento exato, os olhos dele se cruzaram com os do rapaz. Ao olhá-lo, perdeu por completo a concentração. Não sabia onde estava ou quem era. Num instante mínimo depois, sua face se contorceu em terror. Ele não era nada, nunca existira, sua alma se desintegraria antes mesmo do seu corpo sentir o toque da morte.
Aquele que seria um assaltante deu três passos para trás, as mãos sobre a cabeça. Tropeçou na falha e quase caiu sozinho pelo corrimão amassado. O rapaz, ali parado o encarando. Segurou-se por pouco e, após livrar-se por instantes daquele olhar e ver o ônibus destinado a ele passar rápido sob a ponte onde ele quase caíra sozinho, virou-se bruscamente e começou a correr, gritando: “Mete o pé! Mete o pé! Corre! Nóis vai morrê! É monstro! É monstro!”
O rapaz só observava. Os três já faziam a curva para a onde a ponte daria caminho à Rua da Passagem quando ele se deu conta de que não seria desafiado. Todo o mundo que havia se ausentado voltou a ele. Olhou em volta, sentindo-se em forte torpor pela concentração. Uma senhora de vestido simples estampado caminhava da clínica em direção a ele lentamente. Ajoelhou-se, retirou o headphone, pôs as mãos na cabeça e começou a chorar.
A senhora o alcançou, exasperada com aquele jovem bem vestido ajoelhado no meio de um viaduto à noite, chorando, com as mãos à cabeça:
- Meu filho, você tá passando mal? O que foi que houve?
O rapaz, soluçando, sem se levantar retira a carteira do bolso, a abre e retira todo o dinheiro. Eram cento e setenta e dois reais, em notas de R$50,00 , R$20,00 e R$2,00. Ele estende o dinheiro à senhora e diz:
- Dona, eu lhe imploro, guarde este dinheiro e compre alguma coisa para presentear alguém.
- Por que, meu filho? Como assim?
- Comigo, ele se manifestou como uma mensagem de terror e morte. Ao passá-lo a diante, sem desejar retorno, que ele se transforme em uma mensagem de alegria! Para um menino chorão no meio da rua que acha que ser herói é como em desenho animado, é a senhora que está salvando o dia. Muito obrigado!
O rapaz se levantou, abraçou carinhosamente a desconhecida, depois deu as costas para ela, dirigindo-se rumo ao metrô de Botafogo. Ela ficou ali, parada por um tempo, olhando para aquela estranha quantidade de notas, sentindo-se bem pelo olhar de gratidão do rapaz, pelo abraço estranhamente amoroso, mas sem compreender absolutamente nada.
domingo, 25 de março de 2012
Uma vez, num shopping da Barra...
Tarde de quinta-feira no shopping Downtown, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Um rapaz vestido socialmente, sentado a uma mesa no Mc Donald’s. Ele bebe refrigerante enquanto lê uma revista sobre negócios. À sua volta, a lanchonete cheia, três caixas com filas enormes. O gerente distribuindo instruções para tentar ao máximo evitar gargalos no atendimento.
As pessoas que comem em um fast food durante a semana normalmente estão em contexto de pressa e provável tensão. Apesar de muitos gostarem de hamburguer, comer nesses lugares ainda é visto como uma opção pouco saudável. Por isso, o que mais se vê são esbarrões, pessoas discutindo com os caixas, mães ralhando com os filhos, um caos completo e muito interessante.
O rapaz destoa tanto deste perfil médio ali que, mesmo sem perceberem, as pessoas caminham um pouco mais devagar perto dele. Ele está se divertindo, pois está prestando atenção em tudo isso.
À mesinha da direita, duas moças em uniforme preto, de aspecto formal pareciam aproveitar bem a hora de almoço contando o quê, apesar de inaudível, parecia claramente ser informações pretensamente sigilosas, cuidadosamente detalhadas e com os devidos julgamentos colocados sobre outras meninas de preto não presentes. À mesa grande, no fundo, perto do revisteiro, um grupo de adolescentes muito bagunceiros, com roupa de escola, um perturbando o outro num clima muito divertido. As demais outras cadeiras com pessoas em geral parecidas, entre um horário de almoço corrido e crianças fazendo algazarra.
Em certo momento entra uma mãe e três filhas, a mais velha aparentando uns doze anos, a mais nova uns sete. O aspecto da mãe era tenso. O das filhas, de quem vem levando diversas broncas devido a estresse desde cedo. A mãe manda as filhas se sentarem a uma mesa bem ao lado do rapaz. Ela pergunta o que as três querem, e dá instruções à mais velha para que a vá ajudar com o carregamento das bandejas à mesa assim que lhe fizesse sinal da fila. Esta, desatenta, ouvindo seu MP3 player assentiu sem parecer ter prestado atenção.
O rapaz sorri com a projeção da situação. Ele percebe o astral da menina mais nova. Teve tanta dó daquela atitude tão assustada e aparentemente magoada que se concentrou mais ainda naquela mesa.
A mãe naturalmente chama a filha mais velha e esta demora largos espaços de tempo para perceber. A mãe dá um berro de longe e algumas pessoas voltam a atenção para elas. A adolescente nota a mãe enfurecida e vai até o balcão ajudar e ouvir os devidos impropérios no caminho sobre a vergonha que estava fazendo a mãe passar.
Sentam-se à mesa e a mais jovem avisa com aquela carinha tímida e sofrida: “meu Milk Shake não veio...” A mãe, ainda carregada de aborrecimento, entrega a nota fiscal à menina e pede a ela mesma que peça diretamente ao gerente. A menina pegou o papel e foi andando ao meio daquele caos, com os olhos que pareciam ter aumentado até o ponto de quererem sair das órbitas. Ficou vários minutos à frente do gerente até ser finalmente notada pela operadora de caixa, que olhou com ternura: “Márcio, vê o que essa menina quer. Ela já tá aqui te olhando a um tempão.” Em instantes, ela recebeu das mãos dele o copo da bebida.
Desde certo momento em que a menina ficou parada, intimidada demais para se fazer ouvir, a mãe lhe começara a reclamar da “lerdeza” da filha em fazer coisa tão simples quanto pegar um item com o gerente. A menina, ainda com o olhos enormes, veio caminhando cruzando o corredor de passagem mais movimentado da lanchonete, segurando o copo de bebida geladíssimo com as duas mãos, colocando-o à frente dos olhos, nitidamente morrendo de medo de derrubá-lo e sofrendo com os dedinhos gelados.
Ela não deu 5 passos. Um dos adolescentes bagunceiros passou perto dela. Não a esbarrou, mas a assustou só o suficiente para que ela derrubasse o copo e derramasse seu conteúdo completamente sobre o chão ao lado das mesas, dela e do rapaz.
A mãe imediatamente começa a ralhar alto com ela:
- Olha o que você fez!!! Não basta demorar uma hora para buscar um Milk Shake e ainda derruba no chão!!! Além de lerda é estabanada. Agora senta e come a seco, que você vai ficar sem para aprender!!!
O rapaz obseva a menina sentar-se com olhos marejados, mas segurando um sofrimento que o levou abaixar a cabeça e fechar os olhos, como se estivesse ele sofrendo. Ele respirou, cuidou para parecer ler a revista durante um minuto enquanto todas da mesa ao lado começassem a comer em silêncio. Ele então se levantou calmamente. Foi até o gerente e chamou:
- Márcio?
- Pois não?
- A menina daquela mesa derrubou o Milk Shake sem querer. Não sei se você pode fazer isso, mas você não poderia dar outro a ela? – Ele o escuta enquanto observa uma funcionária limpara a sujeira.
- Sim, claro. Aqui está. Sem problema algum.
- Obrigado, Márcio.
O rapaz caminha até a mesa da família e se dirige à mãe, com uma expressão terna:
- Oi, o gerente Márcio mandou entregar outro copo para a menina.
O rapaz deixa o copo sobre a mesa, enquanto a mãe desconcertada diz um obrigado com uma autenticidade profunda e cheia de emoção. Ele percebe o olhar da menina, mas não a fita. Dá as costas para ela em direção à porta. Só depois de sete passos vira o rosto para olhá-la então. Ela o estava encarando com uma expressão curiosa, mas séria. A família dela já não mais notava o rapaz, só ela o via. Ele dá um sorriso, tombando a cabeça ligeiramente para a direita. E ela lhe sorri de volta, com um olhar totalmente encantado. Ele se vira e segue seu caminho.
quarta-feira, 14 de março de 2012
O Menestrel (William Shakespeare)
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.