The Shadow Hunter

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Keep it Simple

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Faça as perguntas certas e dirija seu foco.


Existe todo um estudo na área de psicologia sobre o efeito das perguntas sobre a própria mente. A chamada Teoria do Foco Regulatório diz respeito à percepção das pessoas sobre a realidade e o processo de tomada de decisão. O doutor por trás desta linha de pesquisa chama-se Edward Tory Higgins, professor de Psicologia e de Administração na Universidade de Columbia em Nova Iorque. Apesar de haver bastante conteúdo, não é preciso muito esforço para fazer uso dos conceitos por trás desta. 

Perguntas feitas com "O quê" e "Como" criam propensão de ação. As iniciadas com "Por que" e "para que" conectam a intenção à decisão. 

O que será que isso quer dizer? Como isso pode fazer alguma diferença? 

A hipótese testada em pesquisa científica é de que a pergunta que uma pessoa faz a si mesma dirige a própria mente de maneira inconsciente a iniciar um processo de respondê-la. Mesmo que a sensação seguinte ao ato de se auto-questionar seja a de um vazio de pensamentos, o processo mental estará instaurado. As idéias começam a "aparecer" para a pessoa como que sem querer momentos depois. Isso no fundo seria um efeito da parte inconsciente do cérebro estar trabalhando independentemente da vontade consciente, estando apenas estimulada pela pergunta. 

As próprias perguntas feitas logo acima, segundo a teoria, foram colocadas para criar propensão em quem lê a pensar harmonicamente com a proposta desta parte do texto. O termo "propensão de ação" tende a parecer ter um significado abstrato da forma que foi proposto. A pergunta "o quê", feita pelo leitor a si mesmo no ato de lê-la em si, tem intuito de direcionar o próprio seu processo mental a buscar possibilidades de significado. Isso tende a tornar as palavras escritas menos importantes que a própria criatividade e imaginação do receptor da comunicação. Não caberia fazer isto para um artigo científico, claro! Porém, pode servir para tornar a leitura em algo mais que uma mera informação sobre um tema, se possível em uma experiência significativa em si.  

Perguntas servem para dirigir o foco de todo o pensamento. A forma que se pensa cria o estado psicológico que se experimenta. Este, por sua vez, filtra a própria percepção dos eventos na realidade. Se o estado é triste, entediado e dolorido, um copo pela metade estará meio vazio. Se, pelo contrário, o estado é alegre, estimulado e empolgado, um copo cheio pela metade é uma oportunidade para desde de se matar a sêde, até de se fazer poesia! Uma pessoa que se sente entristecida tem um excelente porquê para prestar atenção às perguntas que faz a si mesma e tentar direcionar seu foco. Por outro lado, quando ela determina que quer direcionar o foco para atingir determinado estado, ela tem uma finalidade "para que" está direcionada. 

Quantas vezes não se escuta por aí as pessoas se questionando: "por que isso sempre acontece comigo?"; "por que eu não consigo executar esta tarefa com disciplina?"; "Por que não consigo emagrecer?". Se a pessoa faz uma pergunta à própria mente, ela vai receber uma resposta. Esta é a essência da teoria e, para quem já está pensando em fazer a experiência, da prática também. As respostas para estas perguntas exemplificadas seriam as piores, mas não seriam o problema em si. As próprias perguntas é que provocam os resultados ruins. São extremamente enfraqecedoras. Ao invés de se perguntar "por que não consegue fazer uma tarefa", a pessoa tem a opção de se questionar sobre "como realizá-la". As demais perguntas poderiam ser "como posso evitar que aconteça novamente este resultado ou evento ruim?", ou "como faço para reverter as consequências ou lidar com elas da melhor forma?", "O que posso aprender com esta situação?" etc.

Por outro lado, não há nada de errado intrinsecamente em perguntar por quê? O problema é escolher a conveniência e a oportunidade em que se deve fazer este tipo de pergunta. "Por e "Para" podem parecer a mesma coisa, mas carregam "energias" bastante distintas. O "porquê" determina que a pessoa implicada não tem poder para escolher. Ela está sendo levada, empurrada, à ação por algo externo que a impele. O "Para", por sua vez, conduz à finalidade, ou seja, a pessoa é "seduzida", puxada, pelo próprio interesse. Dito isso, muitos podem estar começando a desejar abolir o "Por" de seus "quês", mas seria uma injustiça sem um justo "porquê"! O "Por" é fortalecedor para encontrar problemas, descobrir falhas, compreender processos e criar a inovação. Sua função é "criar a dúvida", questionar o status quo, quebrar, cindir as certezas. É a pergunta dos filósofos e dos artistas. Ele cria espaço para o aperfeiçoamento, evolução. Ele estimula a cosnciência daquilo que motiva alguém, porém ao fazê-lo esta pessoa estará duvidando dos próprios motivos. Por isso, é um erro questionar-se desta forma no momento próprio para se "colocar a mão na massa".

As coisas mais interessantes a se realizar na vida dependem de estratégia. Realizar tarefas simples não dependem de uma destas, pois são apenas uma ação conduzindo a um resultado desejado. Quando se tem um a missão complexa a realizar, é necessário escolher e priorizar diversos objetivos de forma organizada. Isso é o que significa fazer estratégia. A pergunta que permite a decisão nesse nível é justamente o "Para quê", ou seja, "que finalidade este objetivo estará cumprindo em função da missão como um todo." 

"Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto de crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social, saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso." (Ralph Waldo Emerson) 


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