The Shadow Hunter

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Keep it Simple

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Paladinos, Anjos e Pacificadores.

Ser o paladino é tentar agir sem interferir, decidir tentando eliminar a influência das emoções, tentar fazer diferença sem ser percebido...

Ser Anjo é desejar sentir as dores, prazeres e paixões humanas, mas apenas poder observar e deduzir como deve ser.

Ser Pacificador é se esforçar cada dia para ser o mais corajoso, nobre e justo que puder. É lutar contr as paixões e desejos que lhe aflingem e nem sempre conseguir vencer.

Os pacificadores querem ser como o paladino.
Os paladinos, como os anjos.
Os anjos, como os Pacificadores.

Mitos reais e insondáveis.

O esforço de tentar ser Paladino é o que identifica o Pacificador.
O esforço de tentar ser Anjo é o que identifica o Paladino.
O esforço de tentar ser pacificador é o que identifica o Anjo.


Anjos, Paladinos e Pacificadores.

Anjos
Etéreos, mágicos e insondáveis.
Eles falam mas sem chegar a dizer,
agem, mas sem se deixar perceber
Influem mas sem conseguir intervir.

Estão sempre na fronteira, do ir, do vir e do existir.
Desejam ardentemente sentir as paixões humanas
Pois tanto a paz, quanto a guerra só existem dentro delas.

Admiram os Pacificadores. Queriam compreender a experiência dos sentidos e assim poder identificar aquilo que de fato impede a paz de advir espontaneamente.

Paladinos
Guerreiros, nobres e heróicos.
Sua presença é percebida antes mesmo que cheguem.
Sua fé inspira até quem os vê pela primeira vez.
Instervêm até quando só em lembrança, mesmo sem querer.

Desejam ardentemente abster-se de si mesmos,
Pois invejam os anjos e tentam ser como eles.

Pacificadores
Reais, belos e mortais.
Eles são a essência pura da humanidade.
Desejam ser heróicos como o Paladino,
ter uma disciplina serena, infalível.

São agraciados do Prazer e vítimas da dor.
Em tentar ser justos, nobres e corajosos,
em errar e acertar essa proeza dia a dia
Pacificam concretamente o que anjos tanto desejam.

O esforço de tentar ser Paladino é o que identifica o Pacificador.
O esforço de tentar ser Anjo é o que identifica o Paladino.
O esforço de tentar ser pacificador é o que identifica o Anjo.

Autenticidade

"A autenticidade perfeita jamais para. Não parando nunca, ela dura eternamente. Sendo eterna, ela faz aparecer seus efeitos. Manifestando seus efeitos, ela se propaga infinitamente. Propagando-se infinitamente, ela é vasta e profunda. Vasta e profunda, ela sustenta os seres. Excelsa e luminosa, ela os cobre. Infinita e eterna, ela os aperfeiçoa. Vasta e profunda, à semelhança da Terra, excelsa e luminosaà semelhança do Céu, de extensão e duração sem limite, ela se manifesta sem deixar-se ver, se transforma sem se mover, aperfeiçoa no não-agir."

"Aparentemente o Céu é apenas uma massa luminosa; mas em sua infinotude ele é a imensidão onde estão suspensos o sol, a lua e as estrelas, englobando as "dez mil coisas". A Terra é apenas um punhado de gleba; mas, em seus espaços e em seus abismos, ela sustenta os montes Hua e Yue como ciscos de palha e contém os rios e os oceanos sem perder delas uma só gota, sustentando as "dez mil coisas". A montanha não é senão uma pitada de seixos; mas em seu porte majestoso, ela dá vida às plantas e às árvores e abriga os pássaros e os animais selvagens, portadora de tesouros escondidos. Quanto à água, ela caberia numa colher; mas, em suas profundezas insondáveis, ela dá vida aos monstros das águas profundas, aos dragões, aos peixes e às tartarugas, abundante em riquezas e recursos."

(Menzi - "Mêncio" - Séc III A.C )

Três vezes Bella

Bella.

Bella morava em uma casa pequenina, no meio de uma

floresta encantada. Ela passava os dias sempre sozinha.

Andava, caçava, comia e mais nada.
Foi quando então num belo dia comum, depois de um passeio

para colher frutas comuns, andou, andou, voltou e sua casa

tinha sido encendiada. Olhou, berrou, chorou, mas de nada

adiantava. O fogo apenas cinzas deixou e o vento então delas

se encarregava.
O que fazer, Bella pôs-se a perguntar?
Mas para onde iria se a casa que conhecia era seu unico

lugar?
Bella, pensou, pensou, olhou e partiu.
Qualquer destino é caminho se não sei para onde estou indo,

pensou.
Depois de muito andar ela encontrou uma casa pequenina.

Aquilo era muito estranho, pois era uma casa igual a sua. O

jardim era igual ao seu. As luzes, lá dentro, estavam acesas.

Então no terreno pequeno ela adentrou. Caminhou devagar

até a pequenina janela. Lá dentro havia móveis iguaizinhos

aos dela, arrumadinhos, assim como os dela.
Numa poltrona, ao fundo, encostada na parede, havia uma

pessoinha pequenina. Os cabelinhos eram loirinhos e

penteados assim como os dela. Os sapatos vermelhos com

tiras prateadas eram como os dela. Ela lia um livro de capa

vermelha, assim como o dela.
Bella olhou, parou, franziu, e ficou perplexa. Era ela

a pessoinha, sentada ali sozinha do outro lado da janela.
- Mas como posso eu estar lá, se me vejo de cá, sendo-me

claro assim saber que eu estou aqui?
Bella achou que aquilo tudo era coisa macabra. Enquanto

observava, a menina la de dentro resolveu se mexer. Bella

ficou assustada e assim, então, resolveu se esconder. Foi para

uma moita qualquer, junto a cerca do jardim. Assim, sem

nem um pio sequer, observou o que viria a seguir.
A mocinha lá de dentro saiu pela porta. Ela levava uma

cestinha para frutas assim como a de Bella. Caminhava

saltitante assim como Bella.
Depois de alguns minutos. Quando a menina já havia sumido

pela floresta, Bella levantou e ateou fogo àquela casa casa

para depois fugiu desesperada.

Depois de algum tempo, depois de muito andar por entre as

árvores, chegou bem perto de uma clareira. Olhou de longe e

vou denovo outra casinha, igual à que acabara de colocar

fogo, igualzinha à sua casa original. Na porta desta estava

outra menininha, olhando absorta através da janelinha, assim

como ela fizera antes de atear fogo nos pés da sacada. Bella

então correu e gritou até quando a menina da janela virou e a

olhou, até quando a outra menina saiu de dentro da casa.

Todas então se olharam, umas nos olhos das outras e não

viram nada. Tudo que sabiam, tudo o que viviam naquele

instante se dissipava. O tempo passou e elas três ali ficaram

paradas se olhando eternamente. Assim, mesmo quando a

morte as tocou, seus olhares não mudaram. Mesmo depois de

eras, elas permaneceram ali intactas. Ficou então assim

escrito que aquela que era três vezes Bella perdeiria a noção

de si mesma quando pudesse ver em seus próprios olhos a

sua verdadeira beleza.