The Shadow Hunter

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Keep it Simple

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Raiva do Amor ao Mar

Com raiva do amor ao mar voltei a casa, prisão onde o caos se instaurou profundo no fogo doente de minha mente. De posse do calmo e sereno calor do meu vício, voltei ao intimo encontro do meu eu. Pude, com isso, aproveitar o por do sol na sacada enquanto o turbilhão intenso de vermelho, verde e azul... Roxo (Vermelho). Novamente o mar traiçoeiro me atormentava e violento de ressaca mais uma vez eu estava... Tédio... Pensei na família, no carinho, na amizade... Tédio... Quer saber? Vou comer alguma coisa para saciar meu vício total de rebeldia controlada. Espasmos de saciedade momentânea dominam a fúria que o caos coloca em minha mente. Escrevo um pouco para desabafar e encontrar novamente meu lar. Surpresa, novamente alegre não custo a pensar que, nesse momento, meu único pensamento é voltar ao mar, uma sereia encontrar e, mais uma vez, infinitamente, amar.

Por Pedro Henrique Reis

O SURGIMENTO DAS ONDAS

Flat nasceu e cresceu no Grande Oceano, na época em que esse era uma grande e calma lagoa. A harmonia entre eles era muito grande, de modo que um se acostumou com o outro e acabaram se tornando grandes amigos. Flat nadava flutuava e o mar o acompanhava orientando suas marés em função dele. Flat e o Grande Oceano eram como um único ser.

Um dia, durante uma de suas grandes migrações no Grande Oceano, Flat se aproximou do Continente e passou a observá-lo. Dessa vez notou algo diferente: uma bela moça de cabelos ondulados que lhe chamou a atenção. Ondara, filha de pescadores, cantava e dançava sua beleza pela praia quando Flat, curioso, se aproximou. Flat não resistiu à beleza dos cabelos ondulados de Ondara e se apaixonou, paixão essa que foi correspondida. Desse modo Flat passou a ficar muito mais tempo no Continente do que no Grande Oceano, que começou a sentir a falta de seu amigo e se agitar. Isso aconteceu até que Flat não mais retornou.

O Grande Oceano se revoltou com o esquecimento de seu amigo e passou a ficar agitado perto do Continente, ele passou a invadir e retornar das praias em busca de Flat e, lembrando do encantamento de seu companheiro pelos cabelos de Ondara, passou a formar com sua água, formas que copiavam os cabelos da bela moça.

Até hoje o Grande Oceano busca por seu amigo, quando a saudade é muito forte ele se agita e revolta em grandes ressacas e quando ele por algum motivo se distrai, acontecem as calmarias. E, na tentativa de seduzir Flat, forma algumas das mais belas obras no mundo: suas ondas.

Por Pedro Henrique Reis